sexta-feira, outubro 31, 2008

Halloween - Disneyland Resort Paris.


Halloween - Disneyland Resort Paris, Novembro de 2007.
...
Noite de Halloween. Esta celebração - que também é designada por "Noite dos Santos", a noite antes de "Todos os Santos" ou do "Dia de Todos os Santos" - começou na era pré-cristã. Acredita-se que no Halloween as almas dos mortos voltavam aos lugares onde tinham vivido. Hoje, no Reino Unido, o Halloween não é uma celebração assustadora, mas de divertimento. As crianças mascaram-se de bruxas ou fantasmas. Já nos Estados Unidos, a tradição é diferente crianças e adolescentes mascaram-se e batem à porta dos amigos e vizinhos dizendo "trick or treat" (doce ou partida). Estes dão-lhes doces ou fruta. Se isso não acontecer, as crianças pregam-lhes partidas. Em Portugal celebra-se o Dia de Todos-os-Santos, no dia 1 de Novembro. No dia 2 de Novembro, as pessoas vão aos cemitérios colocar flores nas campas e rezar aos mortos.

quinta-feira, outubro 30, 2008

Hoje tá de chuva...



Inacreditável

Uso do telemóvel...

Uma das coisas que mais me irrita é a falta de consideração das pessoas usando o telemóvel.

Será que já ninguém sabe dizer: 'eu ligo-te mais tarde'?...
Isto acontece em lojas, restaurantes, encontros com amigos, afinal, em todo o lugar. Mas, agora, passou do limite...

Um dia destes, na praia, apanhava o meu primeiro dia de sol( não sei porquê... ou talvez porque a situação me traumatizou...) tive que me sentar e ouvir durante quase uma hora, enquanto ela falava ao telefone, andando para a frente e para trás, bem à minha frente.
Estava a tentar ler o jornal, mas não conseguia concentrar-me...

Veja -se a situação... digam-me que não é condenável!

Por favor!!!!!!!!!! .......... Quem aguenta isto?
Um gajo já nem o jornal pode ler descansado.

Até tirei fotos para vocês verem do que falo, vejam...



Que falta de educação!!!...

HAJA MANEIRAS!

terça-feira, outubro 28, 2008

O Informático...

São estes casos que dão mau nome à classe... ahahahhah

Um informático está numa ilha deserta há anos, depois de um naufrágio.
Certo dia avista um ponto brilhante no horizonte e começa a segui-lo com o olhar. 'Não é um
navio', pensa o nosso herói. E o ponto aproxima-se, aproxima-se.
'Não é uma barcaça' . E cada vez o vulto estava mais perto! 'Não é uma jangada...'
E eis que das águas emerge uma loiraça, com fato de mergulho!
A loira dirige-se a ele e pergunta:
- Há quanto tempo não fumas um cigarro?
- Há dez anos!
Ela abre um bolso interior do seu fato impermeável e dá-lhe um cigarro.
- Mas que bem que isto me está a saber!
- Há quanto tempo não bebes um whisky?
- Há pelo menos dez anos!!! - responde o nosso náufrago, ainda meio atarantado.
Então ela abre outro bolso interior, tira uma garrafinha de whisky e dá-lha!
O homem bebe tudo de um trago, ainda descrente com o que lhe estava a
acontecer, mas muito, muito feliz!
Então a louraça começa a baixar o fecho principal do fato e pergunta-lhe:
- E... há quanto tempo é que não te divertes a sério?...
Aí, o nosso homem grita, louco de felicidade:
- Eh Pá!!!... Tu... Tu...Tu não me digas que tens aí um portátil?!...

Festa da Cerveja



Se não tens nada que fazer este fim de semana, ou tens, mas é óbvio que isto é muito mais, mas muito mais importante, aparece e bebe uns valentes canecos.

Eu sabia que isto durava há 25 anos, mas há mais de 60?

As verdades deturpadas!

http://www.slbenfica.pt/incslb/pdf/verdadesdeturpadas.pdf

Um documento muito bom! Há com cada história, umas mais engraçadas que outras .A história do ano da fundação do porto é deliciosa.

"O Benfica teve que jogar (sendo naturalmente eliminado) um encontro da Taça de Portugal em Setúbal, frente ao Vitória, a 1 de Junho de 1962, no dia seguinte à primeira vitória na Taça dos Campeões Europeus (3-2 ao Barcelona), quando os 15 melhores jogadores (11 titulares e 4 suplentes) faziam a viagem de Berna para Lisboa?"

domingo, outubro 26, 2008

3 pontos e mais nada.

Já estamos habituados a sofrer... Ganhamos e é o mais importante nesta altura, mas não vale a pena tapar o sol com a peneira, não andamos a jogar nada... boas exibições virão com o tempo.

A chama imensa: Só para lembrar que o Leixões é o Benfica do Norte


Por Ricardo Araújo Pereira ( in Abola para assinantes)

É uma informação que uns não têm e que outros podem ter esquecido: o Leixões é conhecido como o «Benfica do Norte». O «Benfica do Norte» foi, portanto, vencer ao estádio do Dragão. É um feito interessante para o «Benfica do Norte» mas não é especialmente original. Hoje em dia, é muito raro uma equipa não ganhar ao Porto no Dragão. Trata-se de um estádio extremamente complicado para a equipa de Jesualdo Ferreira: o público não gosta da equipa, assobia os jogadores, e o próprio treinador já confessou que, se estivesse na bancada, também assobiava. O que, aparentemente, significa que Jesualdo é melhor como adepto do que como treinador.

Por outro lado, receio que as assobiadelas do estádio do Dragão estejam a ser mal interpretadas. Há quem diga que, ontem, os adeptos estavam a vaiar o treinador, porque estão habituados a outro tipo de espectáculo. Não sei se é verdade. Para mim, estavam a assobiar o árbitro. As exibições dos árbitros é que têm sido diferentes do que era habitual. Basta ver que, no jogo contra o Leixões, o árbitro só invalidou um golo limpo ao «Benfica do Norte». Nos bons velhos tempos, o árbitro teria anulado quatro tentos ao Leixões e validado três do Porto em fora-de-jogo.

A verdade é que tudo isto é muito estranho: um clube campeão reforça-se, mantém a estrutura, o treinador, e desata a perder jogos nas competições nacionais e estrangeiras. Parece bruxedo. Proponho chamar ao fenómeno A Maldição de Cristian Rodriguez.

O anterior presidente do Sporting diz que o actual presidente do Sporting é mentiroso. Como benfiquista, estou indignado. Há uma rivalidade enorme entre o Benfica e o Sporting, os adeptos nutrem uns pelos outros um saudável ódio, mas não me lembro de ver um benfiquista a insultar o presidente do Sporting com esta violência. Ao pé do Dias da Cunha, os benfiquistas são uns meninos. E o Soares Franco ainda diz que os sócios do Sporting não são tão militantes como dos do Benfica. Não é verdade: pelo menos a insultá-lo, são ferrenhos.

Quanto a Dias da Cunha, tenho alguma dificuldade em perceber como é que ele consegue distinguir um só mentiroso no Sporting. Estamos a falar de um clube cujos dirigentes andaram a negar, nos últimos meses, que houvesse um caso Vukcevic. Será que, depois de Paulo Bento ter dito que o jogador trabalhava pouco, já há um caso Vukcevic? Se calhar ainda não. Talvez quando os dois se pegarem à pancada num treino. E, mesmo assim, tenho dúvidas.

Acidente de mota.

Meus amigos, não desejo esta sorte a ninguém... ainda há dias um tramatismo ucraninano e agora um acidente de mota.He he he ... carrega Benfica.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Pergunta!

Um homem deve usar brinco?

Num escritório de advogados, um homem reparou que um colega, muito conservador, estava a usar um brinco.

- Não sabia que gostava desse tipo de coisas - comentou.
- Não é nada de especial, é só um brinco - replicou o colega.
- Há quanto tempo o usa?
- Desde que a minha mulher o encontrou no meu carro, na semana passada.


Bom... pensando bem...

Contra a corrente: Sobre o que é «mais importante»

Por Leonor Pinhão (in Abola para assinantes)

Muito interessante, sem a mais pequena dúvida, a conclusão a que chegou o Juiz do Tribunal de Gondomar.

Cabia-lhe decidir se Pinto da Costa, presidente do FC Porto, António Araújo, empresário afecto ao presidente do FC Porto, e Augusto Duarte, árbitro de futebol muitíssimo afecto às Leis do Jogo e com uma fraqueza por chocolatinhos, deveriam ou não deveriam ser presentes a julgamento na sequência do processo relativo ao jogo Nacional-Benfica, disputado na temporada de 2003/2004.

(O jogo ocorreu a 22 de Fevereiro de 2004. O Benfica perdeu por 3-2.)

O Juiz decidiu que não. Que não deveriam ir a julgamento e deixou cair a acusação do Ministério Público que sustentava que o empresário António Araújo terá tentado manipular o árbitro Augusto Duarte no sentido deste (o árbitro, naturalmente…) prejudicar o Benfica por pressão do presidente do FC Porto.

Vários factos sonantes contribuíram para a decisão do Juiz do Tribunal de Gondomar. Em primeiro lugar, não se apurou a contrapartida de que o árbitro Augusto Duarte terá beneficiado para impedir o Benfica de pontuar na Ilha da Madeira. Em segundo lugar, o presidente do FC Porto só aparece nas gravações das escutas telefónicas muito depois de, alegadamente, o empresário e o árbitro terem acertado entre si o cambalacho. Em terceiro lugar, não valia a pena…

Não valia a pena o quê?

Não valia a pena entreterem-se os citados cidadãos com tantas artimanhas se, aritmeticamente, naquela altura daquele campeonato, seguia penosamente o Benfica a 9 pontos de distância do líder, o FC Porto, estando os encarnados praticamente afastados do título.

São todas razões válidas. Ainda que discutíveis, sempre no espírito do respeito pelas decisões dos Tribunais. Respeitar a Justiça é crescermos como cidadãos. Acreditar na Justiça é um dever cívico. Aprender com a Justiça e com as decisões dos Tribunais é um factor de progresso e de maioridade intelectual. Seguir os ditames dos Juízes faz-nos mais justos e melhor preparados para o dia a dia em sociedade.

E foi tudo isto o que se passou em Gondomar no início da semana. Aprenda quem quiser aprender.

O Juiz produziu uma declaração de carácter pedagógico ao absolver os acusados do jogo Nacional-Benfica. É que não valia a pena manipular o desfecho do referido prélio visto que o Benfica estava muito atrasado na classificação.

Importante, sim, teria sido comprar o árbitro do jogo do Sporting, referente a essa mesma ronda da mesma prova, visto que os leões de Alvalade seguiam na segunda posição da tabela, bem mais perto do FC Porto do que o Benfica.

Na sua edição de ontem, o Correio da Manhã cita as palavras do Juiz de Gondomar. Ouçamo-las:

«Seria mais importante comprar o árbitro da partida do Sporting, então segundo classificado, pois a distância pontual entre FC Porto e Benfica à data, era já de nove pontos, pelo que o interesse em comprar esse jogo era relativo», disse e deu três vezes com o martelo no tampo da vetusta mesa onde se sentava.

Objectivamente, o Juiz tem razão. É que nem se discute.

Mas do ponto de vista da jurisprudência, podemos estar perante uma decisão histórica que irá autorizar, de futuro, todos os dirigentes e empresário pouco dados ao fair-play a comprar os árbitros dos jogos dos clubes que, directamente, os antecedem na tabela, tendo em conta que um Juiz, em pleno tribunal, considerou, e assim ficou lavrado, que «mais importante» é não perder tempo com terceiros, de interesse «relativo», mas sim com segundos, de interesse prático mais premente.

Tudo isto do ponto de vista dos interesses dos primeiros, que são os que vão à frente, pudera!

POR ordem de entrada em cena, a Selecção, o Benfica e o Porto passaram maus bocados ultimamente.

A Selecção empatou em casa com a Albânia, o Benfica empatou em casa com o Penafiel e o FC Porto, enfim, não empatou em casa com o Dínamo de Kiev.

Todos estes insucessos estão, de certa forma, ligados. E o grande beneficiado tem sido o Benfica. Especificando: o último reduto do Benfica, ou seja, o guarda-redes. No caso vertente, os guarda-redes.

No tempo de Scolari havia uma espécie de unanimidade em torno da Selecção que deixava para trás a doença do clubismo nas suas manifestações mais espontâneas: febre, dores de cabeça, sonolência.

No tempo de Queirós, voltou tudo isso. O clubismo, obviamente. Essa manifestação infantil da devoção ao jogo.

E, assim sendo, que bem que o Benfica tem estado na Selecção!

O nosso guarda-redes Quim, titular indiscutível da equipa das quinas, mantém-se imbatível há 180 minutos, mais os tempos dos descontos. Não sofreu um único golo na Suécia e não sofreu um único golo dos albaneses, em Braga. Isto é importante porque Quim sofreu um ataque opinativo da parte dos nossos rivais no momento em que substituiu o anterior guarda-redes da Selecção e não foram poucas as vozes que o tentaram desestabilizar, no intuito de prejudicar o Benfica, como se fosse Quim o culpado do desmoronamento táctico da Selecção nos últimos três minutos e meio do jogo da referida Selecção com a Dinamarca, ou lá o que era.

Ou seja, Quim está em grande na Selecção! Se a Selecçãao tem problemas, o problema não é nosso.

Ainda no que diz respeito ao último reduto do Benfica, convém explicar que o jogo para a Taça de Portugal com o Penafiel — tão mal apreciado pela crítica em geral e por alguns benfiquistas, desatentos em particular — mais não foi do que uma encenação brilhante, ponderada minuto a minuto — e foram 120! — para devolver ao nosso guarda-redes Moreira, que não víamos em acção há três anos, uma noite de glória, redentora de todos os seus sofrimentos e dos nossos também, como é mais do que evidente.

Correu tudo às mil maravilhas!

O «mais importante» - sempre citando o Juiz de Gondomar - era que a equipa mantivesse o nulo até ao fim do prolongamento de modo a que Moreira pudesse brilhar no desempate através da marcação de grandes penalidades. Os colegas não se pouparam a esforços. Makukula só tinha olhos para os postes, a nossa linha média esmerou-se em deixar escapar atletas penafidelenses de modo a que, de frente para eles, Moreira conseguisse desviar todas as bolas perigosas.

Moreira está em grande outra vez! O Benfica tem dois guarda-redes e, ainda que não possam jogar ao mesmo tempo, é um consolo sabê-lo.

O FC Porto também tem dois guarda-redes: Helton e Nuno. Não será fanatismo considerar que nem um nem outro estão a atravessar um bom momento. Há que ter paciência, confiar na gestão do plantel e nas artes do mestre Alves.

Foi precisamente isto que o professor Carlos Queirós tentou explicar ao presidente do FC Porto na passada terça-feira, no Estádio do Dragão. Sentados lado a lado, um falava e o outro escutava. O que foi dito ficou entre eles.

O «mais importante», como nós bem sabemos é que o Penafiel se mostrou equipa capaz de ganhar aos mais atrevidos dos albaneses. Ou duvidam?

terça-feira, outubro 21, 2008

Um adepto fervoroso do Dínamo Kiev.

Como não sou hipócrita, afirmo convictamente que durante o jogo Porto-Dínamo Kiev vou ser um ferrenho Ucraniano e adepto fervoroso do Dínamo Kiev, voltando à condição de português logo após o apito final do árbitro. Força Dínamo.

Se estiveres sem nada para fazer.

Para os dias em que estiveres aborrecido no trabalho ...
Clica > > > Aqui

Como uma mulher pode alterar os planos de um homem....


Hehehehehehe.

Novo limitador de velocidade.

Esta ideia merece um prémio...!!
Julgo que este modelo de limitador de velocidade pode ser bastante eficaz...

Boas notícias!

Safamo-nos de mais dois livros horrorosos...

Miguel Sousa Tavares sentiu um «golpe no coração» quando percebeu que o seu computador portátil, onde tinha dois livros iniciados, resultado de um ano de trabalho, se encontrava na lista de objectos roubados da sua casa da Lapa, em Lisboa, noticia o 24horas. O jornalista e escritor, autor do bestseller «Equador», disse ao jornal não ter cópias completas dos livros que se encontravam no computador. «Perdi mais de um ano de trabalho. Tinha um livro que já ia a meio e outro que ia a cerca de um quinto», declarou. Sousa Tavares estranha o roubo e conta que, quando entrou em casa, regressado de um fim-de-semana no Porto, nada estava fora do sítio. Apenas quando se dirigiu ao escritório é que deu conta que lhe faltava o portátil e a secretária estava desarrumada. Levaram ainda «uma pasta com documentação pessoal e um estojo com papéis». Os assaltantes terão entrado pelo telhado. O comentador da TVI fez queixa contra desconhecidos na PSP e estranha o assalto: «Não me convenço com o facto de terem desprezado outros objectos que tenho em casa e que tenham direccionado todas as energias para levarem um computador onde tenho o meu trabalho literário», disse ao jornal. Em maré de azar, Sousa Tavares viu ainda o seu carro rebocado quando o estacionou para ir comprar outro portátil.

In Diario.iol.pt

domingo, outubro 19, 2008

A chama imensa: Um aspirador para Carlos Queirós

Por Ricardo Araújo Pereira in (ABola para assinantes)

CREIO que os problemas do professor Carlos Queirós terão começado quando proferiu a célebre frase «É preciso varrer toda a porcaria que existe na Federação». Nesse momento, Queirós demonstrou que tinha ainda menos vocação para dona de casa do que para treinador de futebol. Toda a gente sabe que o ideal não é varrer a porcaria. O melhor é aspirá-la. Mete-se num saco, leva-se para longe, e nunca mais volta. Varrendo, pode levantar-se com o vento, pode fugir à pá, pode escapar ao caixote e permanecer em casa — ou, neste caso, na Federação. Varrer é um procedimento ineficaz, que se presta a incompetências várias. Fala-se muito em varrer para baixo do tapete, mas nunca ninguém conseguiu aspirar para baixo do tapete.

Feito este preâmbulo, aliás bastante pedagógico, sobre porcaria, e correndo embora o risco de não sair do mesmo tema, gostava agora de me debruçar sobre a exibição da Selecção Nacional contra a Albânia. Julgo que o resultado não pode deixar de se considerar positivo. Arrancar um empate frente à Albânia, para a selecção que tinha perdido em casa com a Dinamarca, é bastante bom, e indica uma evolução notável. Como dizem os comentadores de futebol (e os taxistas) já não há jogos fáceis. Sobretudo para as equipas que são treinadas por Carlos Queirós. É verdade que, no onze inicial português, havia jogadores de colossos como o Manchester United, o Real Madrid e o Benfica. Mas seria importante não esquecer que a Albânia entrou no jogo com futebolistas oriundos do gigante Vllaznia, do histórico Vorskla, ou do mítico Kryvbas.

Também não concordo que Queirós seja menos mobilizador do que Scolari. Admito que Scolari levou o povo português a pendurar bandeiras portuguesas nas janelas, mas acredito que Carlos Queirós ainda conseguirá levar todo o povo português a pendurar lenços brancos nas janelas. Julgo que é uma questão de tempo.

Por outro lado, Queirós é evidentemente mais sofisticado do que Scolari. Desde logo, porque é professor. Depois, porque parece claro que é professor de matemática. Mal Queirós tomou conta da selecção nacional, os portugueses voltaram a ter o gosto pelas contas. Já está tudo a calcular a quantidade de pontos que é preciso amealhar nos restantes 60% da fase de grupos, para podermos sonhar com o apuramento para o Mundial. Parece que nos apuramos de certeza para jogar na África do Sul se, dos próximos 18 pontos em disputa, conseguirmos conquistar 25.


sábado, outubro 18, 2008

Orçamento de Estado.

O mais parecido com OE.

Tudo a mamar à conta do Orçamento de Estado.

António lobo antunes: O arquipélago do futebol

(in Abola para assinantes)

Admirável poeta de prosas, António Lobo Antunes acaba de publicar o 'Arquipélago da Insónia'. Gosta tanto de futebol — o futebol do desporto, não o da indústria — que alguém, um dia, lhe chamou o Eusébio das letras. «O Eusébio é responsável por algumas das minhas alegrias; António Lobo Antunes por algumas das minhas maiores chatices» — respondeu então. O único escritor português vivo nobelizável concedeu a A BOLA — seu jornal de sempre — uma tão surpreendente como fantástica entrevista.

Entrevista de Vítor Serpa

Trouxe comigo uma entrevista sua, dada ao Carlos Miranda, de há vinte anos. Uma entrevista notável...
— Tive esse privilégio. A BOLA sempre teve grandes jornalistas e uma grande preocupação cultural. O Miranda era um desses grandes jornalistas. É uma pena que as suas crónicas da Volta a França nunca tenham sido publicadas em livro. Aquelas crónicas com o Agostinho são admiráveis e olhe que este é um termo que eu uso muito poucas vezes...

— Lembra-se dessa entrevista?
— O Carlos Miranda fez-me várias entrevistas. Gostava muito dele, ele pedia e eu não conseguia dizer-lhe que não. Felizmente tive oportunidade de dizer ao Carlos Miranda que ele tinha uma espantosa qualidade literária. Ficava a olhar para mim, surpreendido. Era um homem que eu muito admirava.

— O Pinhão também falava muito consigo...
— Havia mais uma série de jornalistas de A BOLA que escreviam admiravelmente. O Carlos Pinhão, que eu conheci bem e outros que não conheci, mas que igualmente admirava. O Aurélio Márcio, O Homero Serpa...não sei, sequer, se era da sua família...

— Meu pai...
— Excelente qualidade literária. Escrevia muito bem. E mais. O Alfredo Farinha e, de uma geração mais recente, o Santos Neves.

— Já lia A BOLA, quando era jovem?
— Havia três jornais desportivos de que me lembro. A Bola, o Norte Desportivo e o Record. Eu, os meus irmãos e os meus amigos, sempre compramos A BOLA. As crónicas de futebol eram muito bem escritas. Não havia equivalente, nem mesmo na imprensa não desportiva. A BOLA tinha, além de tudo o mais, uma componente literária. Lembro-me bem do Ruy Belo publicar, na BOLA, poemas inéditos.

— Influência do Pinhão
— O Carlos Pinhão tinha uma extrema simpatia. Era uma pessoa quente. É uma pena que se deixem morrer estes nomes. Era importante manter na lembrança o Pinhão, o Homero, o Miranda...

A morte do Agostinho

— O Miranda ajudou muito a fazer do Agostinho um ídolo nacional...
— Quando o Agostinho teve o acidente foi o meu irmão que o operou. Tinha acabado de chegar da América. Foi o meu irmão que me disse que o Agostinho ia morrer. Ele tinha perdido muita substância cerebral. E lembro-me do Manuel Graça dizer: o país não está preparado para a morte do Agostinho.

— O seu irmão já conhecia o Joaquim Agostinho?
— Só o conheceu quando o Agostinho já estava em coma, mas tinha um grande respeito por ele.

— É curioso como perdurou, entre os portugueses, a lembrança do Joaquim Agostinho...
— O Agostinho tinha de ser um homem inteligente. Aliás, é como no futebol. É impossível haver um grande futebolista estúpido. Pode ter dificuldade de comunicação, ser limitado nessa capacidade de saber comunicar, mas estúpido, nunca. O Maradona, por exemplo. Tal como o Eusébio, pode ter dificuldades de expressão, mas é um homem inteligente. São pessoas que pensam rápido.

Xixi ao lado do Vicente

— Fale-me da sua primeira relação com o mundo do futebol...
— Quando era miúdo coleccionava os bonecos da bola. Conhecia todos os jogadores pelos bonecos. O Grazina, o grande Patalino, o José Pedro, do Lusitano de Évora, que era o clube dos ricos. O Ernesto, guarda-redes do Atlético. O Eloi, do Estoril.

— Via-os jogar?
— Alguns, sim, mas a maior parte deles conhecia-os só pela colecção dos bonecos da bola. Os do Porto. O Barrigana, o Monteiro da Costa, o Miguel Arcanjo. E do Sporting. Muito pequeno vi jogar o Azevedo. Depois, o grande Carlos Gomes.

— Noto-lhe a paixão com que fala desses jogadores. Como foi possível perder essa relação tão forte com o futebol?
— O futebol deixou de ser um desporto. Naquele tempo havia um deprimido debaixo dos paus e dez eufóricos a mandar brasa e, disso, eu gostava. Era impensável o Travassos ir para o Benfica, ou o Coluna ir para o Sporting e isso marcava-nos a todos. Faziam com que se amasse verdadeiramente os clubes. Lembro-me de tanta gente minha amiga do Belenenses que, naquela altura, tinha as célebres torres de Belém. O Capela. O Matateu, fantástico Matateu. O extraordinário Vicente. Que grande jogador! Um dia, era eu miúdo, de calções, e, num cinema, fiz xixi ao lado do Vicente. Inesquecível. Lembro-me de ter reparado como ele era um homem baixo e, no entanto, parecia sempre grandioso no campo.

Quando o futebol era desporto..


— Você é do Belenenses, eu sei, li no seu livro... [comentário de Lobo Antunes]
— Sou, mas, hoje, poucos acreditam que haja alguém do Belenenses. Não faz sentido para muita gente que não se seja de um clube grande... [resposta de Vítor Serpa]

— Mas naquele tempo havia muita gente do Belenenses. Como havia muita gente que era do Atlético, ou do Oriental. Ser, mas ser mesmo, ou seja, não ser também do Benfica ou do Sporting. [comentário de Lobo Antunes]

— O António Lobo Antunes é do Benfica...
— Eu sou do Benfica, mas ia ver, muitas vezes, o Belenenses ao Restelo. Tinha boas equipas e o estádio sempre foi lindíssimo. Não passava um fim de semana sem ir a um jogo de futebol. Adorava, apesar de apenas ter jogado hóquei no Benfica. Nunca futebol.

— O hóquei vai definhando, hoje em dia...
— E naquele tempo até os treinos enchiam os pavilhões. Havia aqueles relatos pela rádio. O Amadeu, o Artur Agostinho, que relatavam muito bem. Sempre estive ligado ao hoquei por causa do meu pai. Aliás, havia uma fotografia do meu pai, publicada nos jornais, nos campeonatos da Europa de 1936.

— O seu pai era adepto do futebol...
— O meu pai não ia ao campo ver o futebol, porque achava que dava azar. Era do Benfica, ficava em casa a ouvir os relatos e a fazer desenhos, até dar um salto quando o locutor gritava GOOOOLO. Naquela altura o futebol era um desporto. Agora vêm aqueles tipos todos, muito senhores de si, com aqueles novos termos da pressão alta, das diagonais, o losango. Não tem interesse nenhum.

— Foi uma mudança tão radical assim?

— E os treinadores? Quando eles começam a pedir paciência e muito trabalho. Agora, é uma indústria, não é desporto. Eu que sou sócio do Benfica desde pequenino, fui deixando, gradualmente, de ir ao futebol e ainda nem sequer entrei neste estádio novo do Benfica.

O Coluna era admirável

— Qual a equipa que mais o entusiasmou?

— Uma do Benfica, na minha adolescência. Inesquecível aquela equipa que venceu a primeira Taça dos Campeões. Sei todos os nomes de cor: Costa Pereira; Mário João, Germano e Ângelo, Neto e Cruz; José Augusto, Santana, Águas, Coluna e Cavém.

O Coluna era admirável. Que grande jogador. Fazia todo o meio campo num passinho curto e tinha uma autoridade natural sobre toda a equipa.

— Tinha paixão pelo Benfica...
— Havia, nesse tempo, um amor real pelos clubes. Acho que isso se começou a perder quando o Yaúca foi para o Benfica. Hoje, não há qualquer amor pelo clube. O Dinheiro comanda tudo e isso transforma o futebol para pior. Agora, quando perdem, o treinador avisa-os de que é preciso levantar a cabeça. Antes, os jogadores sofriam mesmo com as derrotas. Agora estão-se nas tintas.

— Acha, mesmo?
— Sabe o que eu acho, Vítor. A arte, no futebol, foi substituída pela eficácia. E isso, a prazo, mata o futebol. Ainda hoje estava a ler no seu jornal. Não interessa jogar mal ou bem, o que interessa é ganhar.

— Antigamente o futebol tinha mais arte?
— Lembro-me de uma linha avançada extraordinária do Vasco da Gama, tenho uma memória tão má que me lembro de tudo, e que eu vi quando tinha cinco ou seis anos. Era notável. Equipas para quem a grande finalidade era o prazer do jogo. Havia uma dimensão lúdica em tudo aquilo. Hoje, não há. Lembra-se do Didi, do incomparável Garrincha?...

Ronaldo? Prefiro o Águas

— Agora há o Cristiano Ronaldo...
Quero que eu seja sincero? Não me dá prazer vê-lo jogar. Dava-me prazer ver o Coluna e o Zé Águas, esse sim, que foi dos jogadores mais elegantes que eu vi jogar.

— Outro tempo, futebol mais lento, mais desenhado...
— Não posso dizer como seriam os grandes jogadores de então a jogar agora.

— O Coluna continuaria a ser fantástico...
— E era tudo limpo. O Jesus Correia dizia que o doping dele era o arroz doce da mãe. Isso também é importante. A credibilidade do jogo.

— Quando começou a perder essa paixão?
— Começo a perder a paixão quando o Benfica começa a deixar de ser o Benfica. Ao contrário do FC Porto, fundado por banqueiros, ou do Sporting, fundado por um visconde, o Benfica foi fundado por casapianos. Teve um tipógrafo como presidente. Sempre foi um clube do povo e por isso se tornou tão grande.

— O Benfica não deixou de ser popular...
— Lá em Benfica, onde eu morava, as pessoas apanhavam bebedeiras quando ganhávamos. E lembro-me de colegas meus, do liceu, me dizerem: tu és do Benfica? Mas isso é um clube de gente pobre...

— Nesse tempo, os intelectuais não se interessavam por futebol...

— Essa história dos intelectuais não gostarem e não se interessarem pelo desporto é uma treta. O Niels Bohr, dinamarquês que foi prémio Nobel da física, jogou na selecção do seu país. O Camus foi um vigoroso guarda redes. É uma estupidez completa.

Os jogadores e as manequins

— Não me diga que não reconhece talento num Cristiano Ronaldo, ou num Figo?
— Admito que o Cristiano Ronaldo ou o Figo tenham, de facto, muito talento, mas não me interessa essa indústria na qual eles têm sucesso. Essa indústria em que os jogadores têm de casar com manequins, como acontecia no Real Madrid. Você, Vítor, ainda se lembra da dona Fernanda Coluna? então hoje não podia casar com um jogador de futebol?

— Outros tempos, reconheço...
— As pessoas estavam juntas no futebol. Lembro-me de estar nas bancadas do estádio da Luz e a meu lado estarem cegos. Ouviam o relato e sentiam o ambiente. Nessa altura, para mim, toda a gente com mais de trinta anos era velha, e eu via-os a chorar quando o Benfica perdia. As mulheres nos carros a fazerem croché e, sobretudo, não havia essa promiscuidade de interesses.

— E a selecção. Não sente a Selecção?
— Sou quase como o José Cardoso Pires. Ele dizia, não sou do Benfica, sou do Nené. Eu digo: não sou da Selecção, sou do Benfica.

— Mas também já não gosta tanto do Benfica...
— Sabe, gosto deste treinador. Do Quique Flores. Li umas coisas de que gostei.

— Sobrinho da grande Lola Flores...
— Mulher extraordinária.

— No Benfica actual só gosta do Quique Flores?
— Não. Gosto muito e admiro o Rui Costa. É inteligente, parece ter uma vida estável. E ainda por cima tem um amor muito grande ao clube.

O FC Porto e Pinto da Costa...

— O FC Porto roubou o comando ao Benfica...

— O FC Porto tem um problema. Tem sucesso e não consegue ter uma dimensão nacional. Continua a ser um clube regional, com sucesso. No entanto, reconheço que, para o bem ou para o mal, o presidente do FC Porto foi uma pessoa importante no clube e até no futebol português, nos últimos trinta anos.

— Não me diga que gostava que Pinto da Costa fosse presidente do Benfica?
— Se fosse para ganhar campeonatos não me importava nada...a sério, nesta fase do futebol, não me interessa do presidente, o que me interessava é que o Benfica não tivesse deixado de ser um clube de afectos.

— Mas nem na Selecção sente esses afectos...
— Uma vez perguntaram ao José Luís Borges o que ele pensava da Argentina ganhar à Holanda e o Borges respondeu: não me apetece nada ganhar ao Erasmos. É que não se trata, de facto, de Argentina ou de Portugal. São onze profissionais e, como eles dizem, é a selecção da montra.

carlos queirós e josé Mourinho

— Não se sentiu empolgado pelo Euro 2004?

— Não. E neste último europeu nem vi jogo nenhum. Vi a final do Mundial 2006, que a Itália ganhou e jogou muito bem. Com muita inteligência. Foi um grande jogo.

— E dos treinadores portugueses, não gosta?

— Ao Jorge Jesus, por exemplo, acho uma certa graça. Ao professor Carlos Queirós acho menos.

— O Mourinho?
— Acho que não vai ter, em Itália, o sucesso que teve em Inglaterra. Não conheço o homem, gostava do pai dele, que foi guarda-redes do Vitória de Setúbal e do Belenenses, mas a ele acho-o muito arrogante.

— Faz parte da imagem...
— Não gosto de ver os treinadores como umas figuras distantes, que nem comem à mesa com os jogadores e que passam a vida a fazer treinos à porta fechada, para esconder a táctica. E também não gosto dos treinadores que passam a vida a falar naqueles termos que eu detesto, as linhas de passe, a pressão alta, os losangos. Posso parecer um velho saudosista a falar, mas, para mim, o futebol pelo qual tinha paixão era o do deprimido debaixo dos paus e dos dez eufóricos a correrem no campo e a mandarem brasa.

— Mas tem admiração por um grande jogador de futebol?

— Eu olho com o mesmo respeito para um grande jogador de futebol como olho para um grande escritor. Para mim são artistas que encheram de alegria a minha vida: Desde a infância.

— O que não gosta mais nos clubes de futebol?
— Aquelas claques organizadas. Acho-as horríveis... os nomes dos patrocinadores nas camisolas... e aquilo que ainda hoje li na BOLA, do campo de treinos do Benfica ser a Caixa Futebol Clube, ou lá como se chama aquilo.

— Sabia que para falar a um jornal o jogador tem de pedir autorização à direcção do clube?

— Porquê? Um jogador não tem liberdade de falar a quem quiser?

— Não, não tem...
— Não sabia que era assim. Não fazia ideia...Mas há alguma razão para ser assim?

— Os jogadores podem dizer algo que não interesse ao clube. As coisas são mais controladas...
— Quando o Ângelo chamou ao Costa Pereira «ladrão do meu dinheiro», todos os jornais trouxeram isso...

— Pois, mas hoje teria de pagar uma enorme multa...
— Por isso, antigamente, os jogos prolongavam-se por discussões na segunda feira. Era assim quando estava no Hospital. Hoje, de facto, já não vejo esse entusiasmo da discussão do futebol à segunda feira...

— Até porque há jogos quase todos os dias na semana...
— Mas cada vez menos gente nos estádios. Isso, eu sei.

As brasas do Ronaldo
« ...Vejo-as quando vou aos quiosques. Parecem todas desenhadas pelo Vilhena»

— Sabia que Cristiano Ronaldo pode vir a ser nomeado o melhor jogador do mundo?
— Não me interessa muito. Sei que é muito popular. Vejo nos quiosques as fotografias das brasas com que o Ronaldo namora. Parecem todas desenhadas pelo Vilhena.

— Tão curvilíneas, que parecem feitas em banda desenhada...
— É... e você, diga-me lá, quando joga a Selecção, ainda sente alguma coisa?

— Mesmo como jornalista, sinto. Gosto de ver a Selecção e quero que ganhe. Temos bons jogadores e há ali gente boa...
— Isso, eu admiro que sim. Já o Miranda me dizia que o mais puro no futebol eram os jogadores.

— Às vezes um bocado manipulados...
— Mas isso também eu, às vezes, sou manipulado pelo editor. É inevitável. O Zé Cardoso Pires dizia que um escritor não podia ser amigo de um editor, porque os interesses são opostos.

— Mas o António Lobo Antunes tem estado em alta. O seu último livro, o Arquipélago da Insónia...
— Sim, está a ter uma grande procura e só foi posto à venda na última sexta feira.

— Era muito amigo do José Cardoso Pires?

- Uma amizade diária.

Mais mortos que glóbulos

— E tão injusta a morte. Principalmente, a morte de quem a gente gosta. É muito dolorosa. O pior é que se chega a uma altura na vida em que temos mais mortos que glóbulos nas veias.

— Os amigos...cada vez menos...
— É. Às vezes eu esqueço-me da idade e digo em casa: lembras— te daquele rapaz da minha idade? E as minhas filhas, logo: rapaz...?

— Sei o que é isso. Também tenho duas filhas?

— Tem duas filhas? E os ciúmes que eu tenho dos namorados delas?...Você também tem?
— ...

— E já tem netos?
— Uma neta.

— Eu tenho um neto. Anda nas escolas do futebol. É a mãe que o leva, mas parece que corre muito atrás da bola...e eu pergunto-lhe: ouve lá, como é que se chama o teu treinador? E ele, muito sério: mister!

Cavalos que fazem sombra no mar

«Quando comecei o 'Arquipélago da Insónia' não tinha nada. E neste só tinha uma frase...»

— Deixe-me falar do seu novo livro...
— Não se pode falar de livros?

— Acha que não?

— Consegue falar do seu?
— Deixe-me desafiar, pelo menos, uma ideia que o Arquipélago da Insónia me suscitou. A ironia de dizer sempre que escreve muito devagar e do seu livro nos obrigar a um tempo rápido de leitura, para conseguirmos acompanhar a musicalidade das palavras...

— É curioso que sinta isso. Não lhe sei dizer. Sou incapaz de ler um livro meu depois de escrito. Não sei.

— Mas está cada vez mais distante, nos livros, das suas crónicas na Visão. É verdade que escreve crónicas por atacado?
— É tão diferente o que se escreve, num caso e noutro. Nas crónicas posso escrever catorze crónicas seguidas. Preciso de resolver assim o problema da mudança de ritmo. Por isso eu lhe dizia que, no seu caso, não deve ter sido nada fácil mudar de ritmo da escrita de jornal para a escrita do livro que publicou.

— Por isso são contos...
— Eu nunca escrevi contos, mas um conto não se faz numa noite. Será difícil, ainda assim...é muito difícil estar a escrever um livro, largar e escrever crónicas para jornais e voltar ao livro. Muito difícil.

— Não lhe aparece gente a falar-lhe mais das crónicas que dos livros?
— Aparece. Mas a minha dúvida é se muitos daqueles que me lêem na Visão vão depois ler os meus livros...

— Muitos, seguramente, sentir-se-ão tentados a fazê-lo...
— Mas é como a diferença entre uma piscina para crianças e uma piscina para adultos. Afinal, uma crónica para jornal, ou para uma revista, tem sempre pé...

— Este seu livro, o Arquipélago, é mesmo muito especial...
— Mas quando o comecei não tinha nada.

— E no novo?
— Este? tinha uma frase. Tenho um grupo que almoça às quintas feiras. Um professor da faculdade de letras, um oftalmologista, um editor e há também dois cantores, entre eles o Vitorino. Aqui há um ano estavam a cantar uma moda velha do século XIX, por alturas do Natal, uma moda do interior do país, gente que nunca vira o mar, e quando chega a altura de descrever os reis magos, o poeta, que não se sabe quem é, poeta anónimo, escreveu isto: que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar? E isto ficou-me cá dentro. É de uma beleza que eu não resisti e pensei: vou chamar o livro assim. O título é grande de mais, mas é tão bonito que ficou assim.


Médico no futebol


— Quando estava na tropa, colocado no Hospital militar de Tomar, fui médico do União. O treinador era o Fernando Cabrita. Formavam a equipa com restos do Benfica, do Sporting e do FC Porto e eu sentava-me no banco. Era o Nascimento, que tinha sido guarda-redes do Belenenses, o Calado, o Totoi, o Barnabé. Eles estavam a jogar mal e o presidente dizia: dou mais quinhentos escudos a cada um. E o massagista, muito gordo, começava a correr pela linha lateral, com uma botija na mão, e gritava para o campo: mais quinhentos escudos, mais quinhentos escudos, e eles começavam todos a correr mais depressa.

Barrigana ...no plural

Aquela sua crónica sobre o Barrigana, ficou célebre...
— Foi quando estava na tropa, em Malange. Foi aí que eu vi o grande Barrigana, que estava em África a treinar miúdos. E os miúdos puxavam por ele e gritavam: vai Barrigana, anda Barrigana, e ele, muito sério, virava-se para os miúdos e dizia: vai Barrigana, não. No plural, se faz favor. Senhor Barrigana.

Ciclismo, livros e tourada

— Estava sempre a dizer ao Miranda que gostava de fazer uma Volta a Portugal...
— Está a tempo, A BOLA leva-o...

— Mas eu estou sempre a escrever. No Verão nunca posso. Agora, este livro que eu comecei em Fevereiro, não sei quando vai estar pronto...

— E esse livro está a correr bem?
— Um livro nunca está a correr bem...

— Li numa entrevista que o livro tem a tourada como tema.
— Não, não é nada disso. Não é sobre touradas. Eu nem gosto da tourada à portuguesa. Gosto da tourada à espanhola, embora não seja um aficionado. Mas gosto. Aquilo é trágico. Tem a majestade que a nossa não tem. Na nossa vão a correr, a correr, e pumba, espetam as bandarilhas no boi. No tempo do João Núncio não era assim, agora, aquilo, é um farró-bó-dó. Mas eu queria dar uma estrutura aquilo. O livro acaba com a morte do touro que é a morte da mãe. Trata-se de uma família... mas o ciclismo, estava a falar de ciclismo, ainda gosto imenso de ver as imagens da Volta à França.

— É uma corrida notável...

— Aquelas montanhas... O Marçal Grilo diz, e com razão, que ninguém sobe aquilo só a comer bifes...

quinta-feira, outubro 16, 2008

Dia mundial da alimentação.

E porque hoje é o dia mundial da alimentação.
Vamos comemorar.


Rescaldo dum Portugal vs Albânia

A única coisa de interessante que vi durante o jogo foi o passe de calcanhar do Nuno Gomes.
Eu já tenho a minha calculadora... e vocês?
Este futebol praticado pelo "tututgal" deixa-me com vontade de rir.
Do que nos livrámos!!! Força Quique!!!


Que desgraça de Selecção!
Por Vítor Serpa ( in Abola para assinantes)

NÃO foi de propósito, mas pareceu. Aquela atitude displicente. Aquela ideia de cada um por si. Aquela inexplicável invenção de um onze que obrigou a jogar mais do que meia parte inclinado para a esquerda. Aquela total ausência de amor próprio, de vontade real de mudar as coisas. Aquela soberba de estrelas incomodadas com os meteoritos albaneses. Aquela falta de respeito pelo público e pela história (incluindo a recente) da Selecção. Aquela desfaçatez do incómodo pelo assobio generosamente tão adiado. Aquela menoridade criativa. Aquela ausência total de dinâmica. Aquela visão estúpida de onze portugueses parados em frente de dez pobres albaneses estarrecidos. Aquela estranha incapacidade de reacção do técnico na eternidade das substituições, ainda assim, tão conservadoras, tão pouco entusiásticas. Aquela nuvem negra que eclipsou Ronaldo tornando-o o mais vulgar dos vulgares jogadores do mundo. Aquela quase religiosa abstinência de golo que deveria ter sido suficiente para chamar Nuno Gomes muito e muito antes...

Nada correu bem, é verdade, mas é importante que se diga, que nada foi feito para que tivesse corrido bem.

2009 será 'O ANO DO CONSUMISMO'

Segundo um dos mais renomeados especialistas em economia e tendências do consumidor da Argentina, devido à actual crise económica e financeira mundial, 2009 será o ano do...

C O N S U M I S M O

Pois você terá que ficar (em bom castelhano) :


CON SU MISMO CARRO
CON SU MISMO SALÁRIO
CON SU MISMO IMÓVEL
CON SU MISMO VESTUARIO
CON SU MISMO PAR DE SAPATOS

E SOMENTE SE DEUS QUISER...

CON SU MISMO TRABALHO!

(chegou por mail : mor)

segunda-feira, outubro 13, 2008

Computador Magalhães

Vale a pena ler até ao fim...

-Tou??? Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui, porque o meu curso de informática foi tirado na Independente e o professor faltava muito. Estou a experimentar um destes novos computadores dos putos, o Magalhães, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?
- Desculpa?....
- Aquilo fecha a que horas?
- Zé, meteste a Password?
- Sim! Quer dizer, copiei a da Maria de Lurdes.
- E não entra?
- Não, pá!
- Hmmm....deixa-me ver... qual é a Password dela?
- Cinco estrelinhas...
- Oh, Zé!....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o resto, funciona?
- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: 'Cannot find printer'! Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao Monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!
- Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão. Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.
- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?
- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?
- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?
- Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.
- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?
- Oh, Zé... Foooooodasss... Eh, pá! esquece.... Vamos fazer assim: clica no 'Start' e depois...
- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...
- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí... Olha lá, e já tentaste enviar um mail?
- Eu bem queria, pá! Mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do 'a'.
- O circulozinho...pois.... Bom... vamos voltar a tentar aquilo da impressora. Faz assim: começas por fechar todas as janelas, Ok?
- Espera aí...
- Zé?...estás aí?
- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?
- Fooodasss Zé.... Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?
- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...
- óóóóóóóóóóóóólha para a porra do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte debaixo do écran?
- Samsung.
- Eh, pá! Vai pró....ca
- Mariano?... Mariano?... 'Tá lá?... poooorrrrraaaa o que é que lhe deu?... Desligou....

domingo, outubro 12, 2008

A chama imensa

Por Ricardo Araújo Pereira (in Abola para assinantes).

Enormes contra os grandes, medianos contra os pequenos.

NUNCA precisei de explicações na escola. Não por ser especialmente esperto: a matéria é que não era especialmente complexa. Física, química, matemática, línguas estrangeiras e mesmo a nossa, que nem sempre é fácil de dominar, nunca constituíram dificuldade para mim. Mas, por estes dias, sinto que preciso de explicações para compreender o futebol. Não há um Rui Santos, um João Rosado, ou um Freitas Lobo (se eu estiver munido de um dicionário) que me explique o que se passa com o Benfica? Por que razão uma equipa que esmaga sem apelo nem agravo o Nápoles e o Sporting tem dificuldade em bater o Paços de Ferreira e é incapaz de ganhar a equipas claramente frágeis como o Leixões, o Rio Ave ou o Porto? Somos, claramente, uma equipa talhada para os grandes jogos. Em derbies e jogos europeus deslumbramos. Depois, apanhamos um Leixões e parece que estamos a jogar para a Liga Intercalar.

Tendo em conta esta problemática, decidi propor um conjunto de medidas à direcção do Benfica, para que possamos ter melhores resultados nos jogos pequenos:

1Ir de avião para todos os jogos. Mesmo que seja contra o Estrela da Amadora, levantar voo, dar uma voltinha e aterrar, só para o plantel ficar com a sensação de que se trata de um jogo europeu. Depois, convencer os rapazes de que vão jogar contra o Estrela Vermelha.

2 Mudar os jogos do campeonato para o meio da semana. Fazer de todas as jornadas uma noite europeia.

3Arranjar árbitros estrangeiros para os jogos nacionais. Atenção: esta ideia é menina para resolver mais do que um problema.

Em três jogos de qualificação, a Selecção Nacional conseguiu quatro pontos. Perdeu em casa com a Dinamarca e empatou fora com a Suécia, o que parece indicar que a equipa que ficou em quarto lugar no último Campeonato do Mundo dificilmente conseguiria ficar em quarto lugar no Campeonato da Escandinávia.

No final do jogo de ontem, Carlos Queirós voltou a dizer que a Selecção vai praticar futebol bonito. Para já, realmente, o nosso futebol não é bonito. Mas tem outras qualidades interessantes. Ontem, por exemplo, jogámos futebol simpático. É o tipo de futebol que não obriga o guarda-redes adversário a fazer uma única defesa. Pode não ser futebol bonito, mas é futebol que permite que o guarda-redes adversário acabe o jogo com o equipamento todo bonito. Pode ser um primeiro passo.

sábado, outubro 11, 2008

Mats Magnusson calou o Nuno (osga) Luz.

"Está a brincar comigo?"
http://www.youtube.com/watch?v=GujumfGaIvk
Uma vez benfiquista, sempre benfiquista.
A resposta foi certa e eficaz. Tás a brincar comigo???? ehehehehe. O javardo Nuno Luz ou lá como se chama o osga, porque não passa disso, da maneira como fez e INSINUOU a pergunta/resposta, ao Mats Magnusson, mas este como Homem íntegro que é, deu-lhe a resposta adequada.

sexta-feira, outubro 10, 2008

O teu nome escrito no gelo...giríssimo!!!.


Clica no link abaixo, digita o teu nome,sem assentos, clica em 'submit '.
Espera um pouquinho... SURPRESA!...
http://www.star28.net/snow.html


(chegou por mail: mor)

quinta-feira, outubro 09, 2008

Não vote em branco!


Pedido de voto de Barack Obama.

domingo, outubro 05, 2008

A caldeirada estava fabulosa! ...

Depois de todas as emoções de um Befica-Nápoles da noite anterior nada melhor que terminar a semana com uma bela caldeirada de peixe.
“...nunca tinha comido uma caldeirada tão deliciosa” ou “...nunca tinha comido peixe tão fresco e saboroso!" Eram algumas das frases que se ouviam durante o jantar.




Parabéns aos cozinheiros.

Que noite ! Que festa ! Tanto orgulho no Benfica!






Estive lá, que grande vitória e grande festa. Estou muito entusiasmado com este início de época. Acredito que vamos ter muitas alegrias.

A chama imensa : O maior canal do mundo.



Por Ricardo Araújo Pereira ( in ABola para assinantes)

Estes são tempos difíceis para ser benfiquista. Já se sabia que éramos os maiores no futebol e no desporto em geral. Agora também somos os maiores na televisão. Confesso que não sei se aguento tanto prestígio. Custa-me ser sócio de um clube que é o maior em tantas áreas diferentes. Até tenho medo que me faça mal à saúde. Bater categoricamente o segundo classificado do campeonato italiano, apesar de tudo, é corriqueiro. Mas termos o melhor canal de televisão do mundo já é uma proeza invulgar, mesmo para nós.

Pessoalmente, só uso a televisão para ver dois tipos de programa: jogos do Benfica e programas de informação. Informação sobre o Benfica, bem entendido. Imaginem a minha alegria quando soube que o Benfica ia criar um canal cuja programação satisfaz todos os meus desejos de telespectador 24 horas por dia. Aliás, mesmo apesar de ainda não ter arrancado completamente, a Benfica TV já me enche as medidas. Gosto muito de chegar a casa, ligar a televisão no canal 30 e ficar a ver aquela espécie de mira técnica só com o emblema. Há sempre um pormenor que me escapou na última vez que a vi, uma expressão da águia que me diz algo de novo, um contorno do símbolo que subitamente se torna mais profundo e significativo. Não me admirava que a mira técnica do canal do Benfica tivesse mais audiência do que certos programas que não lembram ao diabo. Um tal Zé Carlos por exemplo.

Além de tudo o resto, o canal dá-nos sorte. 100% dos jogos transmitidos até agora resultaram em vitórias do Benfica. São, sem dúvida nenhuma, números impressionantes.

A Benfica TV é um sucesso tão avassalador que não ficaria surpreendido se os nossos rivais quisessem copiá-la. E, por muito que me custe admiti-lo, teriam material interessante para preencher a grelha. O Sporting poderia fazer uma emissão contínua dedicada ao adepto de sofá, apropriadamente intitulada "Só eu sei por que afinal fico em casa". Jogos transmitidos com o volume sonoro em baixo, para o sócio que não gosta de ver futebol ao som de assobios.

Ainda mais competitiva podia ser a Porto TV. Quando não houvesse jogos para transmitir, emitia-se um filme. Por exemplo, O Padrinho. O enredo é tão parecido com um jogo do Porto que alguns espectadores nem dariam pela diferença. Outra hipótese seria organizar uma espécie de Big Brother em casa de Pinto da Costa. Os espectadores votariam no árbitro que achassem que deveria sair da casa. Bastava os responsáveis do canal montarem as câmaras. A Judiciária tratava do som.

Mai nada...
Tu dá-lhes RAP.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Ontem fui do 4rsen4l.

Comentário tirado do Expresso:

O ARSENAL PODE SER EXPULSO DA CHAMPIONS LEAGUE PORQUE A UEFA DETECTOU QUE O CLUBE INGLÊS FOI CORROMPIDO PARA NÃO DAR 10-0 AO FC PORTO.OS DIRIGENTES DO FC PORTO FORAM VISTOS, JUNTAMENTE COM O ÁRBITRO, EM CASA DO PRESIDENTE DO ARSENAL, LITTLE CHICKEN OF THE COAST, E A ESPOSA, CAROLYN SALTED, POR AGENTES DA SCOTLAND YARD. SEGUNDO SE APUROU, A SAD (TRISTE EM INGLÊS) RECEBEU QUINHENTINHOS, FRUTA DA ÉPOCA, CAFÉ COM LEITE E CHOCOLATINHOS, MAIS UM VIAGENS AO BRASIL, ONDE TERÃO COMO GUIA TURÍSTICO O EX-ÁRBITRO CARLOS CALHEIROS, QUE JÁ CONHECE BEM O CAMINHO E O CIRCUITO DE OUTRAS ANDANÇAS. O ARSENAL FOI AINDA MULTADO POR OS SEUS ADEPTOS PASSAREM O TEMPO A GOZAR COM OS TRISTES VAGABUNDOS DE AZUL E BRANCO E O TREINADOR ARSENE WENGER MULTADO POR SE RIR NO BANCO COM AS TRAPALHADAS E FALTA DE JEITO DOS DRAGÕES COM A BOLA NOS PÉS, QUANDO LHE CONSEGUIAM TOCAR... OS ADEPTOS DO ARSENAL QUISERAM, NO FINAL, REAVER O DINHEIRO DOS SEUS BILHETES PORQUE LHE TINHAM PROMETIDO UM JOGO DE FUTEBOL ENTRE DUAS EQUIPAS E, AFINAL, SUBIRAM AO RELVADO APENAS UMA EQUIPA E UM GRUPO DESAJEITADO DO CIRCO CHEN...

ass: inch4 4nd4r4de.

(chegou por mail : mmdo)