Rafael Mesquita, de 79 anos, e a mulher, Maria Augusta, de 78, passaram horas de grande aflição, quando foram fechados à chave na cozinha da sua própria casa por, segundo dizem, Odete Meireles, uma mulher de 80 anos, conhecida na aldeia de Carlão, no concelho de Alijó, como ‘seca-pipas’.
Ao que o CM apurou, há vários anos que Odete Meireles (‘seca-pipas’) entra nas adegas dos vizinhos para beber uns copos às escondidas, mas sem nunca ter causado outros danos aos proprietários.
Só que, estes dias, na adega de Rafael Mesquita, a octogenária(‘seca-pipas’), conta o proprietário, terá confundido a cuba do vinho com a do azeite. Não gostou nada do que bebeu e, diz o agricultor, "resolveu vingar-se e fechou-nos na cozinha".
Foram algumas horas de aflição que o casal viveu. "Ela viu a chave na porta, fechou-a, levou-a e foi-se embora", contou Rafael Mesquita.
Ao verem-se fechados, desataram a gritar, mas não havia ninguém por perto. Vendo que o sequestro não terminava, o homem acabou por retirar algumas telhas, subir ao telhado da casa e gritar lá de cima por socorro. O caso, do qual não resultou nenhuma queixa, foi muito falado na aldeia e desde então as pessoas passaram a andar com a chave da adega no bolso.
Odete Meireles (‘seca-pipas’)nega e assegura que desde que fez um tratamento no Hospital de Vila Real nunca mais se embebedou.
ADEGAS ABERTAS
É algo que ainda se vê em algumas aldeias do Interior, embora cada vez menos. As pessoas vão trabalhar para o campo e deixam as casas, adegas incluídas, abertas, só com a porta encostada. É disso, dizem os vizinhos, que a ‘seca-adegas’ se aproveita.
COMA ALCOÓLICO
Odete (‘seca-pipas’) garante que fez uma desintoxicação no Hospital de Vila Real e que deixou de beber. Mas os vizinhos dizem que a abstinência foi sol de pouca dura. Há dias, como não encontrou vinho nas adegas, bebeu um garrafão de água-ardente. Ficou em coma alcoólico e teve de ser assistida.
Mai nada!
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