Por : Leonor Pinhão.
AMANHã fica-se a saber. É amanhã que ficamos a saber se os doze membros que constituem o Comité de Apelo da UEFA são ou não são gente séria. Tão simples quanto isto.
Se a suspensão decretada ao FC Porto for levantada é porque são gente séria. E de confiança.
E muito mais importante do que comprar bons jogadores e do que receber árbitros em casa é meter gente séria e de confiança nos órgãos decisórios da UEFA.
Mas se o castigo do FC Porto não for revogado ficamos a saber que os doze membros que constituem o Comité de Apelo da UEFA trabalham, presentemente, por conta de Luís Filipe Vieira que, por sua vez, trabalha, presentemente, por conta de Maria José Morgado. Ou vice-versa.
Presentemente quer dizer no presente. Isto é, amanhã.
Porque, se a suspensão do FC Porto não for levantada, há-de ficar provado que, num passado recente, os doze membros do Comité de Apelo da UEFA foram, objectivamente, travestis nas horas mortas e trabalharam todos em casas de alterne espalhadas pela Europa.
Daí não terem a menor credibilidade. Tal como a própria instituição que representam, a tal UEFA, cuja sigla, na verdade, se for convenientemente decifrada significa: Unidas Estamos para Prejudicar os Anjinhos. Sim, leram bem. Haja decência.
Ora isto é muito grave. Porque se as pessoas que trabalham em casas de alterne não têm a menor credibilidade — como é do senso comum —, já os clientes desses mesmos estabelecimentos merecem toda a credibilidade — como também é do senso comum.
Portanto se o castigo ao FC Porto se mantiver poderemos todos concluir que há uma cabala-do-alterne internacional contra o presidente do FC Porto.
Calma! A cabala seria facilmente desmontável.
Se há quem mande — eu não acredito — perseguir juízes e polícias e há quem mande passar a pente fino as vidas privadas de juízes, polícias e jornalistas na ânsia de descobrir um pecadilho condenável pela sociedade, haverá, com certeza, quem não tenha a menor dificuldade em reunir evidências, em fazer provar que os doze membros do Comité de Apelo da UEFA não passam de doze alternadeiras reformadas da Comunidade Europeia.
E que é a vingança, esse sentimento nefasto, o motor da conspiração.
E o que dizer de Michel Platini, o presidente da dita UEFA? Na última sexta-feira, o francês afirmou publicamente que o castigo ao FC Porto servia de exemplo «para todos os batoteiros».
Mas quais «batoteiros»? Referir-se-ia Michel Platini aquela década maravilhosa de 90 em que os mandantes do futebol português se regozijavam publicamente com os xitos que davam à mesa de jogo, em sentido figurado, e comiam os passarinhos com penas e tudo?
O que fazer deste Michel Platini? Interná-lo?
Não terá ele, porventura, um irmão, de preferência gémeo, que se disponha a dar uma entrevista à SIC? Um irmão que, a troco da paz da sua consciência, o desmascare publicamente?
Pobre Michel Platini. Inimigo da pátria desde 1984, quando lideraste a tua licenciosa França naquela meia-final do Europeu e nos mandaste para casa vergados ao peso de uma derrota no prolongamento, sendo que os prolongamentos nunca foram o nosso forte.
Amanhã é, no entanto, o dia da verdade.
Amanhã saberemos o rumo que a vida de Platini vai tomar.
E das duas, uma:
1) Se a suspensão do FC Porto for levantada fica provado que Michel Platini manda tanto na UEFA como Gilberto Madail manda no futebol português. E que, assim sendo, pode lá continuar.
2) Ah, mas se o castigo se mantiver…
Ah, Michel Platini, vamos saber tudo da tua vida, prepara-te. Vamos saber que, na verdade, te chamas Micaela Platinada e que trabalhaste durante anos na casa de alterne Sogni d'Oro, em Turim. E que não passas disso por muito que faças a barba todos os dias.
Já lhe viram bem as olheiras? As olheiras de Michel Platini? Não vos fazem lembrar ninguém? Platini, não passas de uma alternadeira vingativa a soldo do restaurante O Barbas que, todos os dias, te envia para Nyon, no primeiro avião da manhã, uma tachada de caldeirada de enguias e dois pudins flans (caseiros).
Amanhã é o dia da verdade.
Há uma cabala do alterne-internacional contra Pinto da Costa? Será possível uma coisa destas acontecer?
Aguardemos.
Aconteça o que acontecer terá sempre um cariz altamente educativo.
Ontem, o jogo da Selecção Nacional não deu sequer para sofrer.?????????????? Nós, telespectadores, fomos avisados nos primeiros minutos da emissão de que a linha defensiva da República Checa era formada por quatro jogadores que actuam no campeonato italiano. Vinham os quatro da escola italiana, do intratável catenaccio, essa arte de não sofrer golos nem a dormir.
Factos recentes transformaram essa informação num consolo, num descanso, numa onda de optimismo.
Pois se a própria selecção italiana, toda ela educada e formada no intransponível catenaccio, tinha levado, na véspera, três golos da Holanda, por que razão não havia a República Checa de apanhar com a mesma dose?
E foi, precisamente, o que aconteceu. A defesa italiana dos checos sofreu três golos dos portugueses. Chama-se a isto ciência.
E teriam levado mais se o guarda-redes checo não fosse da escola inglesa…
Os adeptos do Barcelona devem estar muito desconcertados com Deco. Como os compreendo. Sou do Benfica. Também já passei pelo mesmo.
AMANHã fica-se a saber. É amanhã que ficamos a saber se os doze membros que constituem o Comité de Apelo da UEFA são ou não são gente séria. Tão simples quanto isto.
Se a suspensão decretada ao FC Porto for levantada é porque são gente séria. E de confiança.
E muito mais importante do que comprar bons jogadores e do que receber árbitros em casa é meter gente séria e de confiança nos órgãos decisórios da UEFA.
Mas se o castigo do FC Porto não for revogado ficamos a saber que os doze membros que constituem o Comité de Apelo da UEFA trabalham, presentemente, por conta de Luís Filipe Vieira que, por sua vez, trabalha, presentemente, por conta de Maria José Morgado. Ou vice-versa.
Presentemente quer dizer no presente. Isto é, amanhã.
Porque, se a suspensão do FC Porto não for levantada, há-de ficar provado que, num passado recente, os doze membros do Comité de Apelo da UEFA foram, objectivamente, travestis nas horas mortas e trabalharam todos em casas de alterne espalhadas pela Europa.
Daí não terem a menor credibilidade. Tal como a própria instituição que representam, a tal UEFA, cuja sigla, na verdade, se for convenientemente decifrada significa: Unidas Estamos para Prejudicar os Anjinhos. Sim, leram bem. Haja decência.
Ora isto é muito grave. Porque se as pessoas que trabalham em casas de alterne não têm a menor credibilidade — como é do senso comum —, já os clientes desses mesmos estabelecimentos merecem toda a credibilidade — como também é do senso comum.
Portanto se o castigo ao FC Porto se mantiver poderemos todos concluir que há uma cabala-do-alterne internacional contra o presidente do FC Porto.
Calma! A cabala seria facilmente desmontável.
Se há quem mande — eu não acredito — perseguir juízes e polícias e há quem mande passar a pente fino as vidas privadas de juízes, polícias e jornalistas na ânsia de descobrir um pecadilho condenável pela sociedade, haverá, com certeza, quem não tenha a menor dificuldade em reunir evidências, em fazer provar que os doze membros do Comité de Apelo da UEFA não passam de doze alternadeiras reformadas da Comunidade Europeia.
E que é a vingança, esse sentimento nefasto, o motor da conspiração.
E o que dizer de Michel Platini, o presidente da dita UEFA? Na última sexta-feira, o francês afirmou publicamente que o castigo ao FC Porto servia de exemplo «para todos os batoteiros».
Mas quais «batoteiros»? Referir-se-ia Michel Platini aquela década maravilhosa de 90 em que os mandantes do futebol português se regozijavam publicamente com os xitos que davam à mesa de jogo, em sentido figurado, e comiam os passarinhos com penas e tudo?
O que fazer deste Michel Platini? Interná-lo?
Não terá ele, porventura, um irmão, de preferência gémeo, que se disponha a dar uma entrevista à SIC? Um irmão que, a troco da paz da sua consciência, o desmascare publicamente?
Pobre Michel Platini. Inimigo da pátria desde 1984, quando lideraste a tua licenciosa França naquela meia-final do Europeu e nos mandaste para casa vergados ao peso de uma derrota no prolongamento, sendo que os prolongamentos nunca foram o nosso forte.
Amanhã é, no entanto, o dia da verdade.
Amanhã saberemos o rumo que a vida de Platini vai tomar.
E das duas, uma:
1) Se a suspensão do FC Porto for levantada fica provado que Michel Platini manda tanto na UEFA como Gilberto Madail manda no futebol português. E que, assim sendo, pode lá continuar.
2) Ah, mas se o castigo se mantiver…
Ah, Michel Platini, vamos saber tudo da tua vida, prepara-te. Vamos saber que, na verdade, te chamas Micaela Platinada e que trabalhaste durante anos na casa de alterne Sogni d'Oro, em Turim. E que não passas disso por muito que faças a barba todos os dias.
Já lhe viram bem as olheiras? As olheiras de Michel Platini? Não vos fazem lembrar ninguém? Platini, não passas de uma alternadeira vingativa a soldo do restaurante O Barbas que, todos os dias, te envia para Nyon, no primeiro avião da manhã, uma tachada de caldeirada de enguias e dois pudins flans (caseiros).
Amanhã é o dia da verdade.
Há uma cabala do alterne-internacional contra Pinto da Costa? Será possível uma coisa destas acontecer?
Aguardemos.
Aconteça o que acontecer terá sempre um cariz altamente educativo.
Ontem, o jogo da Selecção Nacional não deu sequer para sofrer.?????????????? Nós, telespectadores, fomos avisados nos primeiros minutos da emissão de que a linha defensiva da República Checa era formada por quatro jogadores que actuam no campeonato italiano. Vinham os quatro da escola italiana, do intratável catenaccio, essa arte de não sofrer golos nem a dormir.
Factos recentes transformaram essa informação num consolo, num descanso, numa onda de optimismo.
Pois se a própria selecção italiana, toda ela educada e formada no intransponível catenaccio, tinha levado, na véspera, três golos da Holanda, por que razão não havia a República Checa de apanhar com a mesma dose?
E foi, precisamente, o que aconteceu. A defesa italiana dos checos sofreu três golos dos portugueses. Chama-se a isto ciência.
E teriam levado mais se o guarda-redes checo não fosse da escola inglesa…
Os adeptos do Barcelona devem estar muito desconcertados com Deco. Como os compreendo. Sou do Benfica. Também já passei pelo mesmo.
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