Deve começar esta segunda-feira, 22 de Setembro, em Lisboa e no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), o chamado debate instrutório do caso da viciação das classificações dos árbitros nas épocas de 2002/2003 e 2003/2004, mais um processo “filho” do inesgotável filão do Apito Dourado.
Estão acusados o antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Pinto de Sousa, outros dirigentes daquele conselho, seis árbitros, e observadores, num total de 16 pessoas. Cinco anos depois, ninguém acertou contas com a Justiça e o “sistema” de arbitragem, com outras caras e outros nomes, prossegue como era nos bons velhos tempos do “bando dos 4 Pintos” (o de Sousa, o da Costa, o Adriano e o Lourenço).
O pequeno universo da arbitragem do futebol, à portuguesa, continua a ser uma espécie de sociedade secreta, que funciona em circuito fechado, a partir desta época com a agravante de as classificações dos árbitros das Ligas profissionais terem passado a ser secretas. A partir de agora, nem os clubes nem os próprios árbitros podem ter acesso às suas classificações, o que constitui uma originalidade sem precedentes.
Por incrível que pareça, e apesar de, por exemplo, o presidente do Sporting, Soares Franco, já se ter insurgido contra a anormalidade, foram os próprios clubes que a aprovaram em recente assembleia-geral da Liga, por proposta do inefável sr. Vítor Pereira, o actual “patrão” dos árbitros. Mas a maior originalidade desta sociedade secreta é o processo de classificação dos árbitros.
Para se ter uma ideia da manipulação dos números levada a cabo pela todo poderosa Comissão de Arbitragem presidida por Vítor Pereira, diga-se que, por exemplo na última classificação dos 25 árbitros de 1.ª categoria, a diferença entre o 1.º classificado (Jorge de Sousa, do Porto) e o 25.º e último (Vilas Boas, de Braga) era de apenas 0,26 pontos. Mas, entre o já citado 1.º, Jorge de Sousa e o 2º, um tal Olegário Benquerença, a diferença foi da indecifrável cifra de 0,006 pontos.
Quer dizer, após 30 jornadas do campeonato nacional de futebol, os 25 homens do apito da I Liga tinham sido tão iguaizinhos e todos tão bonzinhos, que não se distinguiam uns dos outros. A questão é outra, claro. Com um processo de classificação destes, o sr. Vítor Pereira pode dispor como entender da classificação dos árbitros, ordenando os nomes como quiser, tanto podendo pôr o 1.º em 25.º como o 25.º em 1.º.
Se tivermos em conta que, para um árbitro, é a classificação que dita o seu futuro e a sua carreira, imaginem o poder que Pereira reservou para si próprio e o uso arbitrário que com ele pode exercer.
Autor: RUI CARTAXANA
Fonte: Reco Reco
Esta merda qualquer dia dá o estoiro... Tem que dár!!!
Estão acusados o antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Pinto de Sousa, outros dirigentes daquele conselho, seis árbitros, e observadores, num total de 16 pessoas. Cinco anos depois, ninguém acertou contas com a Justiça e o “sistema” de arbitragem, com outras caras e outros nomes, prossegue como era nos bons velhos tempos do “bando dos 4 Pintos” (o de Sousa, o da Costa, o Adriano e o Lourenço).
O pequeno universo da arbitragem do futebol, à portuguesa, continua a ser uma espécie de sociedade secreta, que funciona em circuito fechado, a partir desta época com a agravante de as classificações dos árbitros das Ligas profissionais terem passado a ser secretas. A partir de agora, nem os clubes nem os próprios árbitros podem ter acesso às suas classificações, o que constitui uma originalidade sem precedentes.
Por incrível que pareça, e apesar de, por exemplo, o presidente do Sporting, Soares Franco, já se ter insurgido contra a anormalidade, foram os próprios clubes que a aprovaram em recente assembleia-geral da Liga, por proposta do inefável sr. Vítor Pereira, o actual “patrão” dos árbitros. Mas a maior originalidade desta sociedade secreta é o processo de classificação dos árbitros.
Para se ter uma ideia da manipulação dos números levada a cabo pela todo poderosa Comissão de Arbitragem presidida por Vítor Pereira, diga-se que, por exemplo na última classificação dos 25 árbitros de 1.ª categoria, a diferença entre o 1.º classificado (Jorge de Sousa, do Porto) e o 25.º e último (Vilas Boas, de Braga) era de apenas 0,26 pontos. Mas, entre o já citado 1.º, Jorge de Sousa e o 2º, um tal Olegário Benquerença, a diferença foi da indecifrável cifra de 0,006 pontos.
Quer dizer, após 30 jornadas do campeonato nacional de futebol, os 25 homens do apito da I Liga tinham sido tão iguaizinhos e todos tão bonzinhos, que não se distinguiam uns dos outros. A questão é outra, claro. Com um processo de classificação destes, o sr. Vítor Pereira pode dispor como entender da classificação dos árbitros, ordenando os nomes como quiser, tanto podendo pôr o 1.º em 25.º como o 25.º em 1.º.
Se tivermos em conta que, para um árbitro, é a classificação que dita o seu futuro e a sua carreira, imaginem o poder que Pereira reservou para si próprio e o uso arbitrário que com ele pode exercer.
Autor: RUI CARTAXANA
Fonte: Reco Reco
Esta merda qualquer dia dá o estoiro... Tem que dár!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário