sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Árbitro Elmano Santos teve a pior avaliação da época

A arbitragem de Elmano Santos no jogo da Liga entre Belenenses e Benfica foi até agora a pior da época, com os «encarnados» a estarem envolvidos em cinco dos seis encontros com piores desempenhos dos árbitros. A nota de 2,1 (numa escala de zero a cinco) atribuída ao árbitro madeirense foi motivada sobretudo por dois erros que tiveram influência no resultado: uma grande penalidade e uma obstrução, à entrada da área, não assinalados a favor dos «encarnados».

Segundo o relatório do observador, a que a Agência Lusa teve acesso, Elmano Santos estava «perto e bem posicionado» mas não assinalou uma obstrução de Baiano ao avançado «encarnado» David Suazo, nem uma falta cometida por Carciano sobre o jogador hondurenho.
O observador reconhece que o encontro, que terminou empatado a zero, «foi um jogo difícil», no qual Elmano Santos «puniu de forma correcta e consistente os tacles», mas «não foi consistente na avaliação das rasteiras».

A segunda pior nota, 2,2, foi atribuída a Rui Costa no jogo entre o Nacional e o Belenenses (2-4), com o observador a considerar que o juiz portuense, irmão de Paulo Costa, teve «insuficiente juízo interpretativo dos lances», nomeadamente ao anular um golo da equipa do Restelo e ao validar um irregular dos madeirenses.

De acordo com o relatório, o árbitro puniu uma pretensa infração cometida pelo avançado Roncato, num lance em que a «bola sobrou quase em simultâneo para o número 10 (Silas), que a introduziu na baliza do Nacional», acrescentando que «tendo em conta a errada decisão inicial descrita, o lance subsequenteque daria golo legal não foi considerado».

O observador refere ainda que aos 38 minutos do segundo tempo, «o jogador 43 (Luís Alberto), do Nacional, que se encontrava dentro da área da equipa adversária do lado esquerdo do ataque ajeitou intecionalmente a bola com braço direito, controlando-a e ficando com ela na sua posse, não tendo o árbitro sancionado a infração. Posteriormente, o referido jogador endossou a bola aonúmero 20 (Mateus) que a introduziria na baliza do Belenenses, obtendo golo, que foi indevidamente validado».

Um golo invalidado ao Benfica na recepção ao Nacional (0-0), valeu a Pedro Henriques uma nota de 2,3, com o observador a entender que o árbitro lisboeta «teve um erro de julgamento com influência no resultado ao não validar o golo», apontado já em tempo de descontos.
De acordo com o relatório, «próximo do poste da baliza do Nacional, um jogador desta equipa chutou a bola contra o corpo de um adversário que se encontrava muito próximo no solo e de costas para a bola, esta mudou de trajectória e foi pontapeada pelo jogador 7 (Óscar Cardozo), que introduziu na baliza adversária».

Após o encontro, que terminou sem golos, Pedro Henriques disse estar certo da avaliação do lance, esclarecendo que houve «uma inversão da trajectória» da bola, depois de esta tocar na mão do jogador Miguel Vítor.

«Puni a mão. Há um tirar nítido de vantagem de uma situação de uma bola tocada com a mão», disse.
Os dois jogos do Sporting de Braga com FC Porto e Benfica, também foram polémicos em termos de arbitragem tendo valido notas de 2,3 a Paulo Costa e Paulo Baptista, respectivamente.
Na recepção dos «arsenalistas» aos tricampeões nacionais, o observador considera que Paulo Costa não assinalou «uma grande penalidade clara e inequívoca contra o FC Porto por o jogador 6 (Gaurín) jogar a bola com o braço para ganhar espaço, impedindo a passagem desta».
A arbitragem no jogo Benfica-Sporting de Braga (1-0) valeu a Paulo Baptista uma nota negativa de 2,3, com o observador a considerar que o golo de David Luiz, que deu a vitória aos «encarnados», foi obtido em posição irregular.

O observador questiona ainda a grande penalidade assinalada sobre Di María, e dois castigos máximos não assinalados por Paulo Baptista a favor do Sporting de Braga.
O desempenho de Pedro Proença no clássico FC Porto-Benfica (1-1) foi avaliado com uma nota negativa de 2,4 por não ter assinalado penalti no lance em que Lucho González foi tocado por Reyes.

Um fora-de-jogo não assinalado a Lisandro López e um cartão amarelo poupado a Sidnei foram os outros erros apontados pelo observador a Pedro Proença. No entanto, o polémico penalti que permitiu a Lucho igualar o marcador não é sancionado no relatório do observador, que dá o «benefício da dúvida» ao árbitro.

@ http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1150291

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