O Benfica vai tornar-se hoje o oitavo clube a cumprir 300 jogos nas taças europeias de futebol, numa gloriasa aventura, de mais de 50 anos, que teve como ponto alto a conquista de duas Taça dos Campeões.
A formação "encarnada" estreou-se a 19 de Setembro de 1957, com um desaire em Sevilha por 3-1, mas rapidamente arrebatou a Europa, após vitórias sobre os colossos espanhóis FC Barcelona (3-2, em Berna), em 1960/61, e Real Madrid (5-3, em Amesterdão), em 61/62.
Na segunda das finais da prova rainha do "velho continente", o Benfica já apresentou o "Pantera Negra", o "rei" Eusébio da Silva Ferreira, que marcou os últimos dois golos do encontro (somaria 57, em 75 jogos) e começou a escrever uma página ímpar no clube da Luz.
A "maldição" do treinador húngaro Bela Guttmann, que conduziu o clube aos dois títulos europeus e anunciou, à saída, que o Benfica jamais repetiria o feito, foi, porém, mais forte do que Eusébio: seguiram-se mais seis finais, mas todas acabaram em "lágrimas".
As finais de 1962/63, 64/65, 67/68, 87/88 e 89/90, ainda na Taça dos Campeões, e de 82/83, na Taça UEFA, bem como mais três presenças em meias-finais e mais 12 nos "quartos", também ajudaram, porém, a escrever a bela página europeia dos "encarnados".
Para o comprovar, o Benfica surge no "top 10" dos "rankings" de mais jogos, vitórias e golos marcados, tanto no conjunto das três taças (agora só existem duas, face à extinção da Taça das Taças), como apenas na principal prova, agora denominada Liga dos Campeões.
Em 47 presenças nas competições do "velho continente" (depois de 60/61, apenas falharam em 2001/2002 e 2002/2003), os "encarnados" somam 142 vitórias (10º do "ranking"), 72 empates e 85 derrotas, em 299 jogos (oitavo), com 504 golos marcados (oitavo) e 312 sofridos.
À frente do Benfica simultaneamente em jogos, vitórias e golos surgem apenas os espanhóis do FC Barcelona e do Real Madrid, os italianos da Juventus e do AC Milan, os alemães do Bayern Munique e os belgas do Anderlecht.
O historial dos "encarnados" faz-se de números, mas ainda mais de momentos inesquecíveis, alguns, muitos, pela positiva e outros, bem menos, pela negativa.
As vitórias europeias e os jogos que valeram os acessos às finais estão, obviamente, entre os eleitos, mas, em fases mais "recuadas", muitas foram também as vitórias memoráveis.
Entre estas uma goleada caseira ao Real Madrid por 5-1, em 1964/65, uma vitória por 3-1, após prolongamento, no reduto do Arsenal, em 1991/92, uma por 2-1 em Roma, em 1982/83, e um "super" emocionante empata a quatro em Leverkusen, após 1-1 na Luz.
A história "encarnada" faz-se também de grandes dramas, das finais perdidas, uma na lotaria das grandes penalidades, em 1987/88, mas também de uma goleada sofrida em Vigo (0-7), em 1999/2000, ou de uma eliminação por "moeda ao ar", perante o Celtic, em 69/70.
Em termos individuais, Eusébio teve "mil e um noites" de glória, mas outros jogadores tiveram o seu dia, entre eles o avançado angolano Vata, que, com a mão, "enganou" o Marselha (1-0), em 1989/90, e colocou o Benfica na final da Taça dos Campeões... pela última vez.
PFO.
Lusa/Fim.
in Visão
1 comentário:
Jogo nº 300 tem que ser marcado mesmo por uma vitória!
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