segunda-feira, dezembro 07, 2009
domingo, novembro 29, 2009
sábado, novembro 28, 2009
A chama imensa: Atenção ao criativo do Sporting: Pedro Proença
Por Ricardo Araújo Pereira (in ABola 28-11-2009).
QUEM será o elemento mais perigoso para o Benfica, no derby de hoje? A resposta é evidente: o nosso adversário mais criativo será o árbitro Pedro Proença. Quem se lembra do modo como, no ano passado, inventou um penalty a favor do Porto por falta inexistente de Yebda sobre Lisandro Lopez, reconhece nele um criativo com muita imaginação e capacidade de decidir uma partida. Na dúvida, Pedro Proença decide sempre contra o Benfica. Prejudicar o clube que alegadamente prefere foi a forma que encontrou de exibir uma suposta imparcialidade. Outra hipótese era arbitrar de acordo com as leis do jogo, mas é mais difícil. A comissão de arbitragem retribui nomeando-o sistematicamente para jogos importantes. É mais um factor de interesse para o jogo de hoje: como vai Pedro Proença prejudicar o Benfica para mostrar a toda a gente que é um benfiquista imparcial? Com Yebda a jogar em Inglaterra, será mais difícil, mas para Proença não há impossíveis.Repare o leitor na dualidade de critérios que grassa no futebol português: o Porto foi a Oliveira do Azeméis jogar com um desses clubes pequenos cujo relvado é reconhecidamente péssimo. O jogo foi adiado até que haja condições para jogar. O Benfica vai a Telheiras jogar com um desses clubes pequenos cujo relvado é reconhecidamente péssimo. O jogo realizar-se-á na data prevista.
Pior para nós, uma vez que o Sporting atravessa um bom momento. Tem um treinador, mas comunicou a sua contratação à CMVM de madrugada e ainda não o apresentou. A primeira vez que apareceu, foi na internet — como os boatos e os vírus informáticos. É um treinador clandestino, o que constitui uma vantagem: assim, os adeptos não sabem na direcção de quem agitar lenços brancos.
Há uns meses, o presidente do Sporting disse que o fundo de jogadores do Benfica era uma vergonha. Agora quer, sem grande sucesso, imitá-lo. O que desejo para o derby desta noite é exactamente isso: um resultado que os sportinguistas considerem hoje uma vergonha e que, no futuro, pretendam, sem sucesso, imitar.
Não será fácil, visto que o Benfica vive tempos difíceis. O derby joga-se precisamente na altura em que o clube se vê mergulhado num escândalo. Há uns anos, se bem se recordam, a Selecção Nacional passou por escândalo muito semelhante: num estágio, os jogadores tinham estado agarrados a senhoras cuja profissão dizem ser, embora eu não concorde, pouco digna. Esta semana, calhou ao Benfica: Jorge Jesus apareceu na imprensa abraçado a uma pessoa cuja profissão é, de facto, pouco digna. Foi repugnante e esperamos todos que não se repita.
Cada vez gosto mais da série Liga dos Últimos. Na semana passada, o episódio era especialmente divertido: foi preenchido com a transmissão integral de um jogo entre os Pescadores da Costa da Caparica e outra colectividade cujo nome já não recordo. O costume: treinadores patuscos, adeptos rústicos, jogadores com mais vontade que talento. Na primeira parte, os Pescadores dominaram. Os adversários não pareciam capazes de vencer onze peixeiras, quanto mais pescadores. Na segunda parte, porém, algum excesso de confiança dos Pescadores permitiu uma surpreendente reviravolta. Quem diz que nos escalões inferiores não há emoção?
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sábado, novembro 21, 2009
A chama imensa: A Selecção de quem Carlos Queiroz quiser
Por Ricardo Araújo Pereira (in ABola 21-11-2009)
DE que falamos quando falamos da Selecção Nacional? Curiosamente, falamos de Scolari. Os apreciadores de Scolari gostam de recordá-lo e os seus críticos não conseguem esquecê-lo. Pessoalmente, tenho acerca de Scolari uma opinião muito particular que é não ter opinião nenhuma. Nunca soube nem me interessei por saber se era bom ou mau treinador. Não dou assim tanta atenção à Selecção Nacional. De Scolari, sei apenas o que os números fazem a gentileza de indicar: que é o treinador mais bem sucedido de sempre da selecção portuguesa. Além de ter sido campeão nacional e sul-americano de clubes e campeão mundial de selecções. De Carlos Queiroz, sei que, como treinador principal de seniores, nunca foi campeão de coisa nenhuma. E, na minha opinião, nota-se. No entanto, os apoiantes de Queiroz falam como se ele tivesse o currículo de Scolari e Scolari tivesse os resultados de Queiroz. O próprio Queiroz fala como se, tendo conquistado o direito a ir ao Campeonato do Mundo, tivesse conquistado o Campeonato do Mundo. Apesar de tudo, há diferenças. Em princípio, a final do Campeonato do Mundo não será contra a Bósnia. Isso não impede Queiroz de se comportar como dono da Selecção. Esta já não é a Selecção de todos nós, é a Selecção de quem Carlos Queiroz quiser. A ida ao Campeonato do Mundo é para celebrar apenas com aqueles que sempre acreditaram. Os hereges que tiveram a desfaçatez de não acreditar que uma Selecção incapaz de ganhar a dez albaneses conseguiria ir ao Mundial, estão excluídos dos festejos. É bem feita. Quem ousa criticar a Selecção por bagatelas como um empate em casa contra uma Albânia desfalcada tem o que merece.
Os apoiantes de Queiroz, os únicos devidamente autorizados a festejar o apuramento da Selecção, estão, infelizmente, incapacitados de celebrar. A Selecção joga mal, pelo menos tão mal como eles diziam que jogava a de Scolari. A Selecção tem sorte, pelo menos tanta sorte como eles diziam que a de Scolari tinha. A vitória da Dinamarca sobre a Suécia e as três bolas no ferro contra a Bósnia parecem obra da Senhora do Caravaggio. A única diferença em relação à Selecção de Scolari é que, antigamente, conseguíamos a qualificação directa, e agora temos de ir ao play-off. Mas isso não chega para fazer com que os apoiantes de Queiroz deixem de sentir que estão, de facto, a festejar uma vitória à Scolari. Um deles disse que esta Selecção é tão mais fraca do que a de Scolari, que o apuramento foi um milagre. Juro: um milagre. Que conjugação de astros foi necessária então para que a Dinamarca, que não tem o melhor do mundo, nem jogadores do Real Madrid, Chelsea e Manchester United, se tivesse qualificado à nossa frente? Como se chama um milagre que é maior do que os milagres?
DE que falamos quando falamos da Selecção Nacional? Curiosamente, falamos de Scolari. Os apreciadores de Scolari gostam de recordá-lo e os seus críticos não conseguem esquecê-lo. Pessoalmente, tenho acerca de Scolari uma opinião muito particular que é não ter opinião nenhuma. Nunca soube nem me interessei por saber se era bom ou mau treinador. Não dou assim tanta atenção à Selecção Nacional. De Scolari, sei apenas o que os números fazem a gentileza de indicar: que é o treinador mais bem sucedido de sempre da selecção portuguesa. Além de ter sido campeão nacional e sul-americano de clubes e campeão mundial de selecções. De Carlos Queiroz, sei que, como treinador principal de seniores, nunca foi campeão de coisa nenhuma. E, na minha opinião, nota-se. No entanto, os apoiantes de Queiroz falam como se ele tivesse o currículo de Scolari e Scolari tivesse os resultados de Queiroz. O próprio Queiroz fala como se, tendo conquistado o direito a ir ao Campeonato do Mundo, tivesse conquistado o Campeonato do Mundo. Apesar de tudo, há diferenças. Em princípio, a final do Campeonato do Mundo não será contra a Bósnia. Isso não impede Queiroz de se comportar como dono da Selecção. Esta já não é a Selecção de todos nós, é a Selecção de quem Carlos Queiroz quiser. A ida ao Campeonato do Mundo é para celebrar apenas com aqueles que sempre acreditaram. Os hereges que tiveram a desfaçatez de não acreditar que uma Selecção incapaz de ganhar a dez albaneses conseguiria ir ao Mundial, estão excluídos dos festejos. É bem feita. Quem ousa criticar a Selecção por bagatelas como um empate em casa contra uma Albânia desfalcada tem o que merece.
Os apoiantes de Queiroz, os únicos devidamente autorizados a festejar o apuramento da Selecção, estão, infelizmente, incapacitados de celebrar. A Selecção joga mal, pelo menos tão mal como eles diziam que jogava a de Scolari. A Selecção tem sorte, pelo menos tanta sorte como eles diziam que a de Scolari tinha. A vitória da Dinamarca sobre a Suécia e as três bolas no ferro contra a Bósnia parecem obra da Senhora do Caravaggio. A única diferença em relação à Selecção de Scolari é que, antigamente, conseguíamos a qualificação directa, e agora temos de ir ao play-off. Mas isso não chega para fazer com que os apoiantes de Queiroz deixem de sentir que estão, de facto, a festejar uma vitória à Scolari. Um deles disse que esta Selecção é tão mais fraca do que a de Scolari, que o apuramento foi um milagre. Juro: um milagre. Que conjugação de astros foi necessária então para que a Dinamarca, que não tem o melhor do mundo, nem jogadores do Real Madrid, Chelsea e Manchester United, se tivesse qualificado à nossa frente? Como se chama um milagre que é maior do que os milagres?
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quinta-feira, novembro 19, 2009
Se a moda pega...
É melhor as mulheres portuguesas começarem a tratar os maridos “na palma das mãos”, porque vem aí a máquina milagrosa !
Não custa nada, é como tirar um lata de Coca Cola … E há sempre 3 modelos à escolha ....
Não custa nada, é como tirar um lata de Coca Cola … E há sempre 3 modelos à escolha ....
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sábado, novembro 14, 2009
A chama imensa: Villas Boas deu às de Vila Diogo
Por Ricardo Araújo Pereira ( in ABola, 14.11.2009)
No momento em que escrevo, o Sporting continua sem treinador por não ter tido capacidade para contratar o técnico da Académica de Coimbra. Quem sonha alto arrisca-se a desilusões, e o homem que orienta o último classificado da Liga Sagres e iniciou a carreira no mês passado veio a revelar-se uma fantasia impossível para o clube leonino. Ainda assim, na comunicação social, André Villas Boas foi treinador do Sporting durante cerca de 10 minutos. Apesar da curta carreira, já vai tendo currículo: bateu o recorde do saudoso Vicente Cantatore. Além disso, há que reconhecer que teria sido uma escolha inteligente: a contratação de Villas Boas contribuiria para desestabilizar a Académica, um adversário directo do Sporting na luta pela manutenção. Trata-se de um homem cujo apelido tem dupla consoante, tal como o de Bettencourt, o que é especialmente apropriado para um clube como o Sporting. É um técnico que teria certamente muito para ensinar a jovens como André Marques e Pereirinha, mas também poderia aprender com jogadores mais velhos do que ele, como Tiago e Angulo. Perdeu-se um intercâmbio de conhecimentos que poderia ter sido muito interessante. Mais: sabendo que Sá Pinto é o novo director do futebol profissional do Sporting, é conveniente contratar um treinador jovem, que não tenha memória do que Sá Pinto costumava fazer aos treinadores, com destaque para Artur Jorge.
Enfim, foi pena. Segundo os jornais, José Eduardo Bettencourt pretendia um treinador português e experiente, e André Villas Boas já tem quatro ou cinco jogos oficiais debaixo do cinto, um dos quais conseguiu mesmo vencer. Não será fácil descobrir candidatos mais experimentados. Por outro lado, numa conferência de imprensa que é já histórica, Bettencourt disse que o próximo treinador seria caucasiano. Ao mesmo tempo que excluía, por exemplo, Oceano, a declaração do presidente do Sporting parecia apontar claramente para Villas Boas, cujo cabelo arruivado é uma garantia inequívoca de pertença ao tipo racial que Bettencourt procura.
Ontem, no entanto, tudo parece ter terminado. A meio da manhã, o Sporting comunicou à CMVM que se encontrava a efectuar, e cito, «contactos (…) com o representante do treinador André Villas Boas». Mas, à tarde, a Académica publicava uma nota segundo a qual, volto a citar, «a Académica e o Sporting não chegaram a acordo para a transferência do técnico para Alvalade». E, às 19h10, a página de A BOLA na internet noticiava que José Eduardo Bettencourt, instado a revelar o que teria falhado nas negociações com a Académica para contratar André Villas Boas, tinha dito que, e cito novamente, «não falhou nada, houve por parte da comunicação social muita especulação acerca do tema. Nunca houve contactos directos com quer que seja, mas mesmo assim a comunicação social deu-o como certo no Sporting». Já se sabe como é esta comunicação social. Só porque o Sporting comunica à CMVM que está a efectuar contactos com o representante de André Villas Boas, a comunicação social especula imediatamente que o Sporting está a efectuar contactos com o representante de André Villas Boas. Pelo simples facto de a Académica tornar público que as negociações falharam, entretém-se inventar que houve negociações, e que - imagine-se! - falharam. A saída de Paulo Bento pode ter sido um pouco conturbada, mas felizmente o futuro está a ser preparado de uma forma muito organizada e segura. As bases do novo ciclo são, sem dúvida, muito sólidas, o que deve tranquilizar os sportinguistas.
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quinta-feira, novembro 12, 2009
Contra a corrente: Não é Ronaldo, é Javi García quem faz muita falta ao Real
Por Leonor Pinhão (in ABola, 12.11.2009)
Não é pecado mudar de opinião. Não só não é pecado mudar de opinião como é uma alegria, uma prova de apurada sensibilidade e de inteligência prática. O mundo muda e nós também. De outra forma seria uma sensaboria.
Neste capítulo, o que o futebol tem de maravilhoso é que havendo jogos todas as semanas, todas as semanas mudamos de opinião face à avalanche de novos factos produzidos em noventa minutos, mais o tempo de compensação. Por todo o mundo onde se joga à bola, cada jornada atira com os adeptos para um caldeirão de realidade diferente do caldeirão da realidade anterior.
Tomemos por exemplos dois dos maiores clubes do mundo: o Real Madrid e o Benfica. Oficialmente não se cruzam em disputas no relvado há mais de quarenta anos, mas os dois gigantes ibéricos têm mantido ao longo das respectivas histórias alguns pontos em comum que implicam, pois com certeza, fabulosas mudanças de opinião num campo e no outro.
Recuemos até ao último Verão. E como fazia calor.
Em Madrid era recebido com honras faraónicas o português Cristiano Ronaldo. O estádio Santiago Bernabéu albergou uma multidão delirante só pelo prazer de ver Cristiano Ronaldo, equipado de branco, subir a um palanquim e pronunciar umas palavras num portunhol que a ocasião plenamente justificava.
Naquele momento nenhum adepto do Real Madrid duvidou, por um instante que fosse, da temporada de glória que tinha pela frente. As opiniões nem se dividiam: não haveria equipa no mundo que conseguisse, sequer, empatar um jogo com los blancos. Nas imediações de Chamartín, os que não conseguiram lugar no estádio torciam as mãos em desespero e corriam para os botequins mais próximos para assistir pela televisão à entronização do apolo madeirense.
Em Lisboa, o ambiente era diferente, muito diferente.
Ao Estádio da Luz acabara de chegar um espanhol de Chamartín. E se não esteve no estádio Santiago Bernabéu, com os seus, a deleitar-se com a apresentação de Cristiano Ronaldo, não foi porque tivesse chegado tarde à cerimónia. Foi porque não tinha, objectivamente, lugar. Não tendo lugar, não viu nada e foi mandado para Lisboa, depois de vendido ao Benfica.
As opiniões dos benfiquistas, naquele momento, não foram nada simpáticas. Estávamos no Verão, como se recordam, e pelas praias, de toldo para toldo, lamentavam-se em voz alta entre o irónico e o céptico:
— Isto é incrível, demos 7 milhões de euros por um suplente do Real Madrid!
— Isto é que é deitar dinheiro à rua!
— Mas quem é este Javi García?
— É um nabo qualquer que eles para lá tinham… 7 milhões de euros, francamente!
— Fez só três jogos na época passada…
— Nesse caso deve vir descansadinho… — e esta foi, ainda assim, a opinião mais positiva com que a notícia da contratação do «nabo» espanhol foi encarada em Portugal no mês de Julho.
Agora que Novembro já vai quase a meio, as opiniões mudaram. Mudaram em Madrid e mudaram em Lisboa. E neste início de semana, sem exagero ou com exagero, como preferirem, as opiniões radicalizaram-se nas duas capitais.
Em Madrid, encheu-se outra vez o estádio Santiago Bernabéu mas, desta vez, não foi para ver Cristiano Ronaldo. Foi para garantir à equipa do Alcorcón, da II Divisão B espanhola, uma prolongada ovação assim que terminou o jogo da segunda mão dos 16-avos-final da Taça do Rei. Os alcorcónenses, que tinham goleado, em casa, com grande exagero por 4-0, aguentaram-se com grande valentia no campo mítico do adversário e afastaram, sem exagero, o Real Madrid da famosa competição.
— No entiendo cómo ocurrió…
— Que falta nos hace Ronaldo… — queixavam-se os adeptos do Real na noite de terça-feira.
Estão, contudo, profundamente enganados.
Na noite de véspera, no Estádio da Luz, o diagnóstico da doença do Real Madrid já tinha sido traçado, com precisão científica por Rui Costa. Assim que o jogo com a Naval acabou, o jovem director desportivo do Benfica entrou em campo e correndo para Javi García abraçou-o, beijou-o e puxou-lhe as orelhas num gesto de grande carinho. Compreende-se a reacção de Rui Costa. Imagine-se só o que terá ouvido quando em Julho gastou 7 milhões de euros com um «nabo» espanhol, suplente do Real Madrid…
Nas bancadas, o público não se cansava também de aplaudir o autor do golo que, a um minuto do fim, garantiu a vitória ao Benfica. Que bem que ele afinal joga. E que bem que fala.
— Foi uma honra para mim ter marcado este golo — disse escolhendo tão bem as palavras que até dá vontade de lhe puxar as orelhas, com carinho.
E, satisfeitos, os benfiquistas regressaram a casa já entretidos a conversar sobre o próximo compromisso da Selecção Nacional.
— Não sei se o Cristiano Ronaldo faz mais falta à Selecção se ao Real Madrid… — lançou o mote um intelectual dos nossos.
— Quem faz falta ao Real Madrid é o Javi García não é o Cristiano Ronaldo! — logo o interrompeu um outro, ainda mais intelectual.
E com muita razão. Pelo menos foi essa a opinião de toda aquela gente.
Por falar em fazer falta… José Eduardo Bettencourt, quando Paulo Bento se despediu, disse que 90 por cento dos sportinguistas já sentiam saudades do treinador e que, num curto espaço de tempo, seriam 100 por cento dos sportinguistas a ter saudades de Bento. Missão cumprida, já são 100 por cento! Ao assumir penosamente sozinho o discurso oficial do Sporting, Paulo Bento desgastou-se de um modo absurdo mas, honra lhe seja feita, protegeu os sportinguistas dos discursos do seu presidente. Sem Paulo Bento, Bettencourt tem sido o orador de serviço. Já nos informou que o perfil do próximo treinador será «do sexo masculino, caucasiano», que a agitação que se vive em Alvalade «tem a ver com a cultura visigótica», infelizmente mais radicada «a norte do Tejo», porque «entre os visigodos, o pai puxava as orelhas a quem se portava mal e tudo ficava em ordem», terminando por lamentar que não se possa «mudar a sede social de Lisboa para o norte…»
A falta que faz Paulo Bento.
PS: Robert Enke esteve três temporadas no Benfica e quando o seu contrato estava a chegar ao fim foi muito claro com o clube e com os adeptos que sempre o estimaram. Não quis renovar e não se quis entregar nas mãos de nenhum empresário. Considerava-se, e bem, o dono da sua vida, jogava com a carta na mão e era livre de ir para onde quisesse sem dar troco a terceiros. No final da temporada de 2001/2002, quando o árbitro apitou para o fim do último jogo que faria no Estádio da Luz, Robert Enke antes de recolher à cabina resolveu despedir-se dos adeptos do Benfica e, sozinho, deu uma volta ao estádio aplaudindo e sendo aplaudido. Foi um momento bonito e raro de um jogador que, sendo dono da sua vida, se despediu com carinho de quem tanto gostou dele. Contente ele, contentes ficaram todos. Anteontem à noite, numa passagem de nível em Eilvese, nos subúrbios de Hannover, Robert Enke, o dono da sua vida, foi-se embora de vez. Triste, tão triste ele e todos tão tristes.
Não é pecado mudar de opinião. Não só não é pecado mudar de opinião como é uma alegria, uma prova de apurada sensibilidade e de inteligência prática. O mundo muda e nós também. De outra forma seria uma sensaboria.
Neste capítulo, o que o futebol tem de maravilhoso é que havendo jogos todas as semanas, todas as semanas mudamos de opinião face à avalanche de novos factos produzidos em noventa minutos, mais o tempo de compensação. Por todo o mundo onde se joga à bola, cada jornada atira com os adeptos para um caldeirão de realidade diferente do caldeirão da realidade anterior.
Tomemos por exemplos dois dos maiores clubes do mundo: o Real Madrid e o Benfica. Oficialmente não se cruzam em disputas no relvado há mais de quarenta anos, mas os dois gigantes ibéricos têm mantido ao longo das respectivas histórias alguns pontos em comum que implicam, pois com certeza, fabulosas mudanças de opinião num campo e no outro.
Recuemos até ao último Verão. E como fazia calor.
Em Madrid era recebido com honras faraónicas o português Cristiano Ronaldo. O estádio Santiago Bernabéu albergou uma multidão delirante só pelo prazer de ver Cristiano Ronaldo, equipado de branco, subir a um palanquim e pronunciar umas palavras num portunhol que a ocasião plenamente justificava.
Naquele momento nenhum adepto do Real Madrid duvidou, por um instante que fosse, da temporada de glória que tinha pela frente. As opiniões nem se dividiam: não haveria equipa no mundo que conseguisse, sequer, empatar um jogo com los blancos. Nas imediações de Chamartín, os que não conseguiram lugar no estádio torciam as mãos em desespero e corriam para os botequins mais próximos para assistir pela televisão à entronização do apolo madeirense.
Em Lisboa, o ambiente era diferente, muito diferente.
Ao Estádio da Luz acabara de chegar um espanhol de Chamartín. E se não esteve no estádio Santiago Bernabéu, com os seus, a deleitar-se com a apresentação de Cristiano Ronaldo, não foi porque tivesse chegado tarde à cerimónia. Foi porque não tinha, objectivamente, lugar. Não tendo lugar, não viu nada e foi mandado para Lisboa, depois de vendido ao Benfica.
As opiniões dos benfiquistas, naquele momento, não foram nada simpáticas. Estávamos no Verão, como se recordam, e pelas praias, de toldo para toldo, lamentavam-se em voz alta entre o irónico e o céptico:
— Isto é incrível, demos 7 milhões de euros por um suplente do Real Madrid!
— Isto é que é deitar dinheiro à rua!
— Mas quem é este Javi García?
— É um nabo qualquer que eles para lá tinham… 7 milhões de euros, francamente!
— Fez só três jogos na época passada…
— Nesse caso deve vir descansadinho… — e esta foi, ainda assim, a opinião mais positiva com que a notícia da contratação do «nabo» espanhol foi encarada em Portugal no mês de Julho.
Agora que Novembro já vai quase a meio, as opiniões mudaram. Mudaram em Madrid e mudaram em Lisboa. E neste início de semana, sem exagero ou com exagero, como preferirem, as opiniões radicalizaram-se nas duas capitais.
Em Madrid, encheu-se outra vez o estádio Santiago Bernabéu mas, desta vez, não foi para ver Cristiano Ronaldo. Foi para garantir à equipa do Alcorcón, da II Divisão B espanhola, uma prolongada ovação assim que terminou o jogo da segunda mão dos 16-avos-final da Taça do Rei. Os alcorcónenses, que tinham goleado, em casa, com grande exagero por 4-0, aguentaram-se com grande valentia no campo mítico do adversário e afastaram, sem exagero, o Real Madrid da famosa competição.
— No entiendo cómo ocurrió…
— Que falta nos hace Ronaldo… — queixavam-se os adeptos do Real na noite de terça-feira.
Estão, contudo, profundamente enganados.
Na noite de véspera, no Estádio da Luz, o diagnóstico da doença do Real Madrid já tinha sido traçado, com precisão científica por Rui Costa. Assim que o jogo com a Naval acabou, o jovem director desportivo do Benfica entrou em campo e correndo para Javi García abraçou-o, beijou-o e puxou-lhe as orelhas num gesto de grande carinho. Compreende-se a reacção de Rui Costa. Imagine-se só o que terá ouvido quando em Julho gastou 7 milhões de euros com um «nabo» espanhol, suplente do Real Madrid…
Nas bancadas, o público não se cansava também de aplaudir o autor do golo que, a um minuto do fim, garantiu a vitória ao Benfica. Que bem que ele afinal joga. E que bem que fala.
— Foi uma honra para mim ter marcado este golo — disse escolhendo tão bem as palavras que até dá vontade de lhe puxar as orelhas, com carinho.
E, satisfeitos, os benfiquistas regressaram a casa já entretidos a conversar sobre o próximo compromisso da Selecção Nacional.
— Não sei se o Cristiano Ronaldo faz mais falta à Selecção se ao Real Madrid… — lançou o mote um intelectual dos nossos.
— Quem faz falta ao Real Madrid é o Javi García não é o Cristiano Ronaldo! — logo o interrompeu um outro, ainda mais intelectual.
E com muita razão. Pelo menos foi essa a opinião de toda aquela gente.
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Por falar em fazer falta… José Eduardo Bettencourt, quando Paulo Bento se despediu, disse que 90 por cento dos sportinguistas já sentiam saudades do treinador e que, num curto espaço de tempo, seriam 100 por cento dos sportinguistas a ter saudades de Bento. Missão cumprida, já são 100 por cento! Ao assumir penosamente sozinho o discurso oficial do Sporting, Paulo Bento desgastou-se de um modo absurdo mas, honra lhe seja feita, protegeu os sportinguistas dos discursos do seu presidente. Sem Paulo Bento, Bettencourt tem sido o orador de serviço. Já nos informou que o perfil do próximo treinador será «do sexo masculino, caucasiano», que a agitação que se vive em Alvalade «tem a ver com a cultura visigótica», infelizmente mais radicada «a norte do Tejo», porque «entre os visigodos, o pai puxava as orelhas a quem se portava mal e tudo ficava em ordem», terminando por lamentar que não se possa «mudar a sede social de Lisboa para o norte…»
A falta que faz Paulo Bento.
PS: Robert Enke esteve três temporadas no Benfica e quando o seu contrato estava a chegar ao fim foi muito claro com o clube e com os adeptos que sempre o estimaram. Não quis renovar e não se quis entregar nas mãos de nenhum empresário. Considerava-se, e bem, o dono da sua vida, jogava com a carta na mão e era livre de ir para onde quisesse sem dar troco a terceiros. No final da temporada de 2001/2002, quando o árbitro apitou para o fim do último jogo que faria no Estádio da Luz, Robert Enke antes de recolher à cabina resolveu despedir-se dos adeptos do Benfica e, sozinho, deu uma volta ao estádio aplaudindo e sendo aplaudido. Foi um momento bonito e raro de um jogador que, sendo dono da sua vida, se despediu com carinho de quem tanto gostou dele. Contente ele, contentes ficaram todos. Anteontem à noite, numa passagem de nível em Eilvese, nos subúrbios de Hannover, Robert Enke, o dono da sua vida, foi-se embora de vez. Triste, tão triste ele e todos tão tristes.
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terça-feira, novembro 10, 2009
Análise do Jorge Coroado a dois lances do Benfica-Naval
86' David Luiz cai na grande área numa disputa de bola. Seria grande penalidade?
89' A falta que dá origem ao golo do Benfica, sobre Di María, foi bem assinalada?
Jorge Coroado
+
Não havia lugar a qualquer infracção. A disputa foi própria para gente de barba rija e não contemplou quem tem trunfa comprida. David Luiz não suportou e caiu.
-
Não consigo encontrar qualquer infracção que justificasse o livre. O que se revelou impróprio foi o livre assinalado.
O cretino do Coroado perguntou ao Guilherme Aguiar ....O Alguidar disse que não havia falta logo o Coroado escreveu que não havia falta.
Algumas da pérolas do cretino Jorge Coroado no seu livro:
"Estou convicto de que se mais carreira não tive foi por influência de gente do Benfica. De Gaspar Ramos a Luís Filipe Vieira, que vetou o meu nome, em 2002, para vice-presidente do Conselho de Arbitragem."
"Alguma vez eu ia expulsar o capitão do FCP nas Antas aos 20m? Só se fosse maluco".
"Não. Mas quando discordei publicamente da integração da arbitragem na Liga de Clubes, o director executivo, José Guilherme Aguiar, teve uma conversa comigo, muito curiosa, no seu gabinete, a 2 de Dezembro de 1996, em que contou o seguinte: quando era vice-presidente do FC Porto disse um dia ao Paulo Futre que ou cumpria as regras ou não podia jogar naquele clube. “E olhe que o Futre era a estrela da companhia”, rematou. Percebi o recado: ou me calava ou me punham à margem."
Esse medo está relacionado com as classificações... " Exactamente. A postura subserviente partia do próprio árbitro que na hora de decidir um lance encolhia-se. Vou dar-lhe um exemplo: há uns anos, num FC Porto-Benfica, aos 20 minutos de jogo, perante uma falta gravíssima do João Pinto, o árbitro fez de conta que nada viu. Pouco depois, encontro-o: “Olha lá porque é que não mostraste o vermelho?” Diz-me ele: “Expulsar o capitão do FC Porto, aos 20 minutos, nas Antas?! Deves estar maluco”. Este medo sempre me incomodou."
Já percebi donde vem a azia ó C*. Triste figurinha... Coroado, metes pena!
89' A falta que dá origem ao golo do Benfica, sobre Di María, foi bem assinalada?
Jorge Coroado
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Não havia lugar a qualquer infracção. A disputa foi própria para gente de barba rija e não contemplou quem tem trunfa comprida. David Luiz não suportou e caiu.
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Não consigo encontrar qualquer infracção que justificasse o livre. O que se revelou impróprio foi o livre assinalado.
O cretino do Coroado perguntou ao Guilherme Aguiar ....O Alguidar disse que não havia falta logo o Coroado escreveu que não havia falta.
Algumas da pérolas do cretino Jorge Coroado no seu livro:
"Estou convicto de que se mais carreira não tive foi por influência de gente do Benfica. De Gaspar Ramos a Luís Filipe Vieira, que vetou o meu nome, em 2002, para vice-presidente do Conselho de Arbitragem."
"Alguma vez eu ia expulsar o capitão do FCP nas Antas aos 20m? Só se fosse maluco".
"Não. Mas quando discordei publicamente da integração da arbitragem na Liga de Clubes, o director executivo, José Guilherme Aguiar, teve uma conversa comigo, muito curiosa, no seu gabinete, a 2 de Dezembro de 1996, em que contou o seguinte: quando era vice-presidente do FC Porto disse um dia ao Paulo Futre que ou cumpria as regras ou não podia jogar naquele clube. “E olhe que o Futre era a estrela da companhia”, rematou. Percebi o recado: ou me calava ou me punham à margem."
Esse medo está relacionado com as classificações... " Exactamente. A postura subserviente partia do próprio árbitro que na hora de decidir um lance encolhia-se. Vou dar-lhe um exemplo: há uns anos, num FC Porto-Benfica, aos 20 minutos de jogo, perante uma falta gravíssima do João Pinto, o árbitro fez de conta que nada viu. Pouco depois, encontro-o: “Olha lá porque é que não mostraste o vermelho?” Diz-me ele: “Expulsar o capitão do FC Porto, aos 20 minutos, nas Antas?! Deves estar maluco”. Este medo sempre me incomodou."
Já percebi donde vem a azia ó C*. Triste figurinha... Coroado, metes pena!
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segunda-feira, novembro 09, 2009
Isto é de Campeão!
Ó Inácio ... o autocarro é para ficar na garagem!
Queixam-se que a liga portuguesa não é atractiva...
Que vitória tão saborosa.
Grande jogo.
São estas vitórias que fazem os campeões.
Vitoria muito importante ... Grande ATITUDE dos nossos jogadores.
Queixam-se que a liga portuguesa não é atractiva...
Que vitória tão saborosa.
Grande jogo.
São estas vitórias que fazem os campeões.
Vitoria muito importante ... Grande ATITUDE dos nossos jogadores.
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domingo, novembro 08, 2009
Violência no futebol... feminino.
O Burro Alves ao pé desta menina é um maricon!!!
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sábado, novembro 07, 2009
A chama imensa: Esta vida são dois dias e 'forever' são 171
Por Ricardo Araújo Pereira (in ABola, 07.11.2009)
O treinador do sétimo classificado do campeonato nacional demitiu-se e, surpreendentemente, os jornais não falam de outra coisa. Para um clube que se queixa de falta de atenção da imprensa, estes só podem ser dias muito felizes. Adeptos e dirigentes do Sporting protestam muitas vezes por terem menos espaço nas primeiras páginas dos jornais do que os principais adversários. Talvez seja verdade: dos três grandes, o Sporting será o que tem menos visibilidade na imprensa. Mas, dos clubes do meio da tabela, é o que tem mais. Eis o lado positivo da questão — no qual os sportinguistas, pessimistas como só eles, nunca reparam.
Três ou quatro meses depois de terem dado um esmagador voto de confiança a um presidente que lhes tinha prometido «Paulo Bento forever», os sportinguistas exigiram, através de lenços brancos, faixas insultuosas e desacatos, que o treinador fosse despedido. O presidente não lhes fez a vontade: Paulo Bento não foi despedido, demitiu-se. Não foi o Sporting que disse a Paulo Bento que não estava mais interessado no seu trabalho. Foi Paulo Bento que comunicou ao Sporting que o clube não era suficientemente ambicioso, competitivo e decente para ele. E ainda diziam que o homem não tinha visão nem percebia de futebol. Afinal, era das pessoas mais perspicazes que o Sporting tinha.
No entanto, na hora da saída, Paulo Bento fez algumas declarações que contrariam um pouco a ideia de que faz análises sensatas do momento que o Sporting atravessa. Disse, por exemplo, que os sportinguistas deveriam deixar de ter o actual complexo de inferioridade em relação ao Benfica. Qualquer observador isento sabe que não se chama complexo de inferioridade àquilo que os sportinguistas sentem. Chama-se simplesmente realismo. Enquanto o Benfica despachava facilmente a equipa que, no ano passado, ficou em quinto lugar no campeonato inglês, o Sporting esforçava-se por empatar em casa com uns desconhecidos. Pedir a esta gente que não tenha complexos de inferioridade em relação ao Benfica é como dizer ao Zé Cabra que não deve sentir-se inferior ao Pavarotti.
Neste momento, o Sporting precisa de calma. Há que contratar um Manuel Cajuda qualquer e começar a lutar seriamente pela manutenção, quem sabe até pela Europa. E, para o ano, esperar por adversários um pouco menos poderosos do que o Ventspils, e tentar fazer um brilharete.
O treinador do sétimo classificado do campeonato nacional demitiu-se e, surpreendentemente, os jornais não falam de outra coisa. Para um clube que se queixa de falta de atenção da imprensa, estes só podem ser dias muito felizes. Adeptos e dirigentes do Sporting protestam muitas vezes por terem menos espaço nas primeiras páginas dos jornais do que os principais adversários. Talvez seja verdade: dos três grandes, o Sporting será o que tem menos visibilidade na imprensa. Mas, dos clubes do meio da tabela, é o que tem mais. Eis o lado positivo da questão — no qual os sportinguistas, pessimistas como só eles, nunca reparam.
Três ou quatro meses depois de terem dado um esmagador voto de confiança a um presidente que lhes tinha prometido «Paulo Bento forever», os sportinguistas exigiram, através de lenços brancos, faixas insultuosas e desacatos, que o treinador fosse despedido. O presidente não lhes fez a vontade: Paulo Bento não foi despedido, demitiu-se. Não foi o Sporting que disse a Paulo Bento que não estava mais interessado no seu trabalho. Foi Paulo Bento que comunicou ao Sporting que o clube não era suficientemente ambicioso, competitivo e decente para ele. E ainda diziam que o homem não tinha visão nem percebia de futebol. Afinal, era das pessoas mais perspicazes que o Sporting tinha.
No entanto, na hora da saída, Paulo Bento fez algumas declarações que contrariam um pouco a ideia de que faz análises sensatas do momento que o Sporting atravessa. Disse, por exemplo, que os sportinguistas deveriam deixar de ter o actual complexo de inferioridade em relação ao Benfica. Qualquer observador isento sabe que não se chama complexo de inferioridade àquilo que os sportinguistas sentem. Chama-se simplesmente realismo. Enquanto o Benfica despachava facilmente a equipa que, no ano passado, ficou em quinto lugar no campeonato inglês, o Sporting esforçava-se por empatar em casa com uns desconhecidos. Pedir a esta gente que não tenha complexos de inferioridade em relação ao Benfica é como dizer ao Zé Cabra que não deve sentir-se inferior ao Pavarotti.
Neste momento, o Sporting precisa de calma. Há que contratar um Manuel Cajuda qualquer e começar a lutar seriamente pela manutenção, quem sabe até pela Europa. E, para o ano, esperar por adversários um pouco menos poderosos do que o Ventspils, e tentar fazer um brilharete.
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sexta-feira, novembro 06, 2009
Frase do Dia
"Houve uma depressão muito grande devido à pré-temporada do Benfica".
Paulo bento
Daqui.
É incrivel... O Benfica acaba sempre por vir à baila...
Paulo bento
Daqui.
É incrivel... O Benfica acaba sempre por vir à baila...
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quinta-feira, novembro 05, 2009
quarta-feira, novembro 04, 2009
Vídeo Vigilância - retirado do blog "NDRANGHETA"
"Há imagens do que se passou dentro do túnel de Braga.
As imagens são geridas pela empresa de segurança 2045.
Seguranças da 2045 estão implicados nas agressões a TODA a equipa do Benfica.
Será que as ditas imagens alguma vez serão visionadas?
Há queixas-crime por parte do Benfica entregues na PSP, logo é RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ter de certificar-se que material probatório não desaparece.
Gostava que tanto os leitores como os gestores de blogs maiores circulassem este post. A verdade dos factos e o Estado de Direito a isso obrigam. Quem vai assumir a responsabilidade pelo não apuramento cabal dos factos?"
As imagens são geridas pela empresa de segurança 2045.
Seguranças da 2045 estão implicados nas agressões a TODA a equipa do Benfica.
Será que as ditas imagens alguma vez serão visionadas?
Há queixas-crime por parte do Benfica entregues na PSP, logo é RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ter de certificar-se que material probatório não desaparece.
Gostava que tanto os leitores como os gestores de blogs maiores circulassem este post. A verdade dos factos e o Estado de Direito a isso obrigam. Quem vai assumir a responsabilidade pelo não apuramento cabal dos factos?"
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domingo, novembro 01, 2009
Cardozo é agedido e ainda por cima é expulso!!!
Veja melhor aqui
O jogado do Braga (Ney) agride o Cardozo e tudo nas barbas do fiscal de linha ( o boi vestido de amarelo).
Aguardemos pelos próximos "episódios".
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Exibição vergonhosa do Ex-Superdragão Jorge Sousa!!!
Golo mal anulado (porquê ?) ...e 1 penalty por assinalar (mão do Evaldo), roubalheira do ex-Super Dragay.
...quando os bois de preto se comportam em campo como verdadeiros elementos dos superdragões como foi no caso de ontem... é caso para dizer que este campeonato está a seguir o caminho de muitos outros nos ultimos anos e nomeadamente do último.
Manipulado, Adulterado, Vicíado ...e eu sempre disse que os árbitros num jogo menos conseguido do Benfica iam fazer a diferença!!
...quando os bois de preto se comportam em campo como verdadeiros elementos dos superdragões como foi no caso de ontem... é caso para dizer que este campeonato está a seguir o caminho de muitos outros nos ultimos anos e nomeadamente do último.
Manipulado, Adulterado, Vicíado ...e eu sempre disse que os árbitros num jogo menos conseguido do Benfica iam fazer a diferença!!
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sexta-feira, outubro 30, 2009
Coluna do Senador: Pode não chegar para ser campeão
Por Sílvio Cervan in Abola (30 Outubro 2009)
Numa semana em que o Benfica assumiu a liderança do campeonato, que joga futebol de forma brilhante, numa altura em que temos um dos melhores ataques de sempre e uma das melhores médias de golos, quando Cardozo lidera a lista de melhores marcadores, quando somos primeiros do grupo da Liga Europa e quando os nossos jogadores são chamados às melhores selecções do Mundo, porque tenho tanto receio do futuro?
Na última segunda-feira depois de ganhar 6-1, repito 6-1, sendo que o golo do adversário foi marcado em fora de jogo e um dos que nos foi invalidado era completamente regular, depois de ver Patacas ser poupado duas vezes à expulsão, assisti ao topete de reclamarem que um penalty ( terceiro golo do Benfica) não devia ter sido assinalado e isso influenciou na vitória encarnada.
Comentadores, jornalistas e treinadores reclamavam um segundo amarelo para Aimar sem sequer terem cuidado de verificar que o argentino não tinha nenhum amarelo.
Um cretino é um cretino. Muitos cretinos são muitos cretinos. O ódio ao Benfica, a cegueira com que nos analisam os jogos, não é mais do que a face visível daquilo que nos preparam.
Assim, já não foi importante que com 0-0 tenha existido um penalty por marcar a favor da Académica no Dragão aos oito minutos. Assim foi irrelevante a expulsão perdoada ao Bruno Alves ainda com 0-0 e assim desapareceu dos resumos o fora de jogo mal tirado ao Sougou ainda com o mesmo 0-0.
Jogar muito e bem, ser muito melhor pode não chegar para ser campeão.
Acredito muito em Jorge Jesus ele talvez saiba porque é que em dez jogos oficias (nove do campeonato e um da Taça) tivemos cinco vezes árbitros do Porto.
Queria estar optimista, não consigo porque tudo isto me cheira a esturro. Resta-me agradecer a Jesus e pedir que esteja atento.
Numa semana em que o Benfica assumiu a liderança do campeonato, que joga futebol de forma brilhante, numa altura em que temos um dos melhores ataques de sempre e uma das melhores médias de golos, quando Cardozo lidera a lista de melhores marcadores, quando somos primeiros do grupo da Liga Europa e quando os nossos jogadores são chamados às melhores selecções do Mundo, porque tenho tanto receio do futuro?
Na última segunda-feira depois de ganhar 6-1, repito 6-1, sendo que o golo do adversário foi marcado em fora de jogo e um dos que nos foi invalidado era completamente regular, depois de ver Patacas ser poupado duas vezes à expulsão, assisti ao topete de reclamarem que um penalty ( terceiro golo do Benfica) não devia ter sido assinalado e isso influenciou na vitória encarnada.
Comentadores, jornalistas e treinadores reclamavam um segundo amarelo para Aimar sem sequer terem cuidado de verificar que o argentino não tinha nenhum amarelo.
Um cretino é um cretino. Muitos cretinos são muitos cretinos. O ódio ao Benfica, a cegueira com que nos analisam os jogos, não é mais do que a face visível daquilo que nos preparam.
Assim, já não foi importante que com 0-0 tenha existido um penalty por marcar a favor da Académica no Dragão aos oito minutos. Assim foi irrelevante a expulsão perdoada ao Bruno Alves ainda com 0-0 e assim desapareceu dos resumos o fora de jogo mal tirado ao Sougou ainda com o mesmo 0-0.
Jogar muito e bem, ser muito melhor pode não chegar para ser campeão.
Acredito muito em Jorge Jesus ele talvez saiba porque é que em dez jogos oficias (nove do campeonato e um da Taça) tivemos cinco vezes árbitros do Porto.
Queria estar optimista, não consigo porque tudo isto me cheira a esturro. Resta-me agradecer a Jesus e pedir que esteja atento.
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quinta-feira, outubro 29, 2009
terça-feira, outubro 27, 2009
Esclarecido! A falta que não existiu.
do que te queixas ó Ruben?
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Esclarecido!
Os 4 dedos não eram para o banco do Nacional, era para jogar em linha
«Se estiverem atentos à minha forma de me expressar em campo já podiam ter reparado que quando estou a falar com os avançados levanto dois dedos. Nesse caso, estava a falar para os meus defesas, eles sabem o que o gesto quer dizer. É para continuarem a jogar em linha, para tirarmos profundidade ao adversário. Por coincidência, foi a seguir ao 4-1», explicou.
«Se estiverem atentos à minha forma de me expressar em campo já podiam ter reparado que quando estou a falar com os avançados levanto dois dedos. Nesse caso, estava a falar para os meus defesas, eles sabem o que o gesto quer dizer. É para continuarem a jogar em linha, para tirarmos profundidade ao adversário. Por coincidência, foi a seguir ao 4-1», explicou.
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segunda-feira, outubro 26, 2009
Carrega ... Jesus.
Até que enfim que vejo um treinador a sério no meu clube a "encavar" estes jornaleiros.
O jornaleiro avençado da SortTV ficou a olhar para o Jesus a pensar que seria agora que iria levar uma cabeçada.
"O Benfica não mete bolas fora...." assim é que se fala... Chega de anti-jogo
"Você quer falar de futebol, ou de confrontos pessoais?..."
"O que é que você quer saber sobre futebol?..."
Acho que aquele jornalista, vai "grunhir" mansinho nas próximas conferências de imprensa.
Priceless...
O jornaleiro avençado da SortTV ficou a olhar para o Jesus a pensar que seria agora que iria levar uma cabeçada.
"O Benfica não mete bolas fora...." assim é que se fala... Chega de anti-jogo
"Você quer falar de futebol, ou de confrontos pessoais?..."
"O que é que você quer saber sobre futebol?..."
Acho que aquele jornalista, vai "grunhir" mansinho nas próximas conferências de imprensa.
Priceless...
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Comunicado: Será que a ERC agora fica calada?
Na manhã de hoje, em letras gordas e em primeira página, o 24 Horas titula “Director do Futsal do Benfica suspeito de burla de 2,5 milhões”. É um título sugestivo, capaz de captar a atenção do leitor mais desatento e, ao mesmo tempo, garantir a venda de um número significativo de exemplares. O problema é que a chamada de primeira página é falsa. Da capa para à página 14, o director passa a ex-director e, afinal, já nada tem a ver com o Benfica desde 2007. Será que alguém na ERC se preocupa com este tipo de jornalismo? Sinceramente acreditamos que não.
Esperemos, pelo menos, que os leitores do 24 horas o façam, porque isto é enganar os leitores! Já agora, um esclarecimento adicional: o Sr. Luís Moreira nunca foi director do Sport Lisboa e Benfica. Tinha, efectivamente, responsabilidades no Futsal, numa altura em que a modalidade era ‘externa’ ao Clube, ou seja, usava o nome do Benfica, mas era uma organização autónoma ao Clube. Foi precisamente com a fuga do Sr. Luís Moreira que o Benfica decidiu assumir a gestão da modalidade do Clube. Já agora, este esclarecimento serve também para a TVI.
in http://www.slbenfica.pt/Clube/Noticias/noticiasclube_clubecomunicadofutsal_261009_52600.asp
Esperemos, pelo menos, que os leitores do 24 horas o façam, porque isto é enganar os leitores! Já agora, um esclarecimento adicional: o Sr. Luís Moreira nunca foi director do Sport Lisboa e Benfica. Tinha, efectivamente, responsabilidades no Futsal, numa altura em que a modalidade era ‘externa’ ao Clube, ou seja, usava o nome do Benfica, mas era uma organização autónoma ao Clube. Foi precisamente com a fuga do Sr. Luís Moreira que o Benfica decidiu assumir a gestão da modalidade do Clube. Já agora, este esclarecimento serve também para a TVI.
in http://www.slbenfica.pt/Clube/Noticias/noticiasclube_clubecomunicadofutsal_261009_52600.asp
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domingo, outubro 25, 2009
A chama imensa: Jorge Jesus não tem mão na equipa
Por Ricardo Araujo Pereira (in Abola, edição de 24 Outubro 2009)
Lamento muito, mas um adepto não deve apenas dizer bem. Sobretudo quando é fácil. Apesar do bom futebol, das vitórias, do imenso receio que o Benfica inspira aos adversários, da profunda satisfação que todos os benfiquistas sentem quando vêem a equipa jogar, nem tudo corre bem. Um treinador deve exercer um controlo perfeito sobre a equipa e Jorge Jesus, por muito que me custe admiti-lo, não consegue. São já várias as conferências de imprensa em que o treinador do Benfica lembra que a equipa não pode golear sempre. Os jogadores, num acto de indisciplina recorrente, e que mereceria castigo sério, continuam a desmenti-lo. Quando chegou ao Benfica, Jorge Jesus disse que os jogadores iriam jogar o dobro do que haviam jogado no ano passado. Neste momento, os jogadores jogam o quádruplo do que Jorge Jesus pensava que eles iam jogar. É muito feio faltar ao prometido.
As falsas expectativas que o treinador do Benfica lançou no início da época tiveram efeitos muito negativos até na minha vida pessoal. Quando soube que o Benfica jogaria o dobro do que havia jogado no ano passado fiquei contente, mas não demasiado. O Benfica não jogava assim tanto para que a perspectiva de passar a jogar apenas o dobro fosse especialmente apelativa. Por isso, cometi a imprudência de marcar compromissos profissionais para dias de jogo do Benfica. Não pude ver no estádio a goleada ao Everton e fui forçado a acompanhar a goleada ao Belenenses apenas na televisão. Tivesse Jorge Jesus sido rigoroso e eu teria metido licença sem vencimento até ao fim da época.
*******
Muito embora o Benfica seja, neste momento, uma máquina de triturar equipas e fazer golos, muita gente adverte ainda para os perigos que podem resultar do entusiasmo dos benfiquistas. Pelos vistos, o entusiasmo benfiquista é perigoso. Quando as outras equipas perdem, o adversário joga melhor. Quando o Benfica perde, a culpa é do entusiasmo dos sócios. Não se percebe a razão pela qual os outros treinam: segundo esta curiosa teoria, basta entusiasmarem-nos o terceiro anel para estarmos em apuros. O mais interessante é que o mesmo entusiasmo, tão contraproducente, também é apontado como um factor que nos beneficia. Sportinguistas e portistas queixam-se de que a onda de entusiasmo contagia os jornais e empurra o Benfica, o treinador do Braga lamenta que o Benfica seja levado ao colo pela euforia dos seus próprios adeptos. Em Portugal, ser levado ao colo pelo entusiasmo dos adeptos é crime, ser levado ao colo pela arbitragem é dirigismo brilhante. O treinador do Braga, por exemplo, nunca se queixou disso. Calha sempre estar a olhar para o chão.
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A vergonha continua.
Protegido do Sistema apita Benfica (Correio da Manhã)
Preparem-se para amarelos e castigos, pois é mais uma vergonhosa nomeação para um jogo que antecede uma saída a Braga.
O sistema no seu melhor.
Carrega Benfica.
Preparem-se para amarelos e castigos, pois é mais uma vergonhosa nomeação para um jogo que antecede uma saída a Braga.
O sistema no seu melhor.
Carrega Benfica.
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Uma vergonha esta capa...
O que o LFV disse foi: "Se soubermos ser determinados, se nos concentrarmos nos desafios essenciais, podem ter a certeza, nada nem ninguém nos poderá parar".
Uma vergonha ... a única referencia que o presidente fez à equipa é que tinham de manter os pés bem assentes no chão e respeitar todos os adversários.
Carrega Benfica.
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sexta-feira, outubro 23, 2009
Manuel Machadês no seu melhor!
«O melhor, agora, é não jogar na Luz. A falta de comparência só dá derrota por 3-0»
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Neste inferno manda Jesus (in Abola)
Está de volta o inferno da Luz, ficaram de pronto a saber os adeptos do Everton, que mesmo que não tenham chegado assustados voltaram a casa queimados por uma goleada que não estava, de certeza, nos seus planos. Mas este é um inferno diferente. Nele há beleza, nele há solidariedade, com os adeptos portugueses a juntarem-se aos ingleses na luta para que o Mundo não esqueça o desaparecimento da pequena Maddie. É até um inferno onde... manda Jesus, um treinador que não terá poderes mágicos mas fez o milagre de devolver ao Benfica a antiga mística, agora também na Europa. Nova goleada já não se estranha, e os adeptos encarnados cada vez com mais razões para acreditarem que o seu Benfica é, cada vez mais, o melhor clube do Mundo.
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Coluna do Senador: O prazer de ver o Benfica jogar
Por Sílvio Cervan in ABola
Na última semana o Benfica ganhou 6-0 para a Taça de Portugal ao Monsanto e ontem por 5-0 aos Ingleses do Everton. Esta semana estamos pois a ganhar por 11-0, o que nos deixa moderadamente optimistas.
Se a vitória ao Monsanto para a Taça foi apenas a maior do século XXI do Benfica nesta competição, não podemos deixar de lembrar que esse mesmo Monsanto disputa o mesmo escalão do Gondomar quando nos eliminou, numa época em que eramos treinados pelo professor Jesualdo Ferreira.
Tudo é relativo, os oito ao V. Setubal, os quatro ao Belenenses, os quatro ao Vorskla Poltava, os cinco ao Leixoes ou os cinco de ontem aos católicos de Liverpool. Haverá sempre quem não consiga ver méritos em nada daquilo que o Benfica tem feito esta época, ou, que vendo, não os consegue admitir.
Paulo Bento teve na Letónia um relvado ao nível daquele do Estádio de Alvalade, o que foi uma vantagem na adaptação e na qualidade do jogo, enquanto o FC Porto conseguiu segurar a vantagem contra os poderosos cipriotas do Apoel.
O Everton é uma equipa boa, foi das melhores que jogaram este ano no Estádio da Luz, mas no futebol também é preciso ter sorte e o Everton não teve sorte nenhuma no sorteio da Liga Europa quando lhe calhou o Benfica pela frente.
Muito dificil será seguramente o jogo da próxima segunda-feira à noite. O Benfica-Nacional da Madeira, da ultima época, marcou negativamente todo o percurso do ano transacto.
Esperemos, desta feita, uma arbitragem de nível, e o Benfica com o nível que nos tem habituado este ano. Não somos campeões, não ganhámos a Taça de Portugal nem a Liga Europa. Mas que gostamos e temos prazer em ver o Benfica jogar, lá isso temos...
Na última semana o Benfica ganhou 6-0 para a Taça de Portugal ao Monsanto e ontem por 5-0 aos Ingleses do Everton. Esta semana estamos pois a ganhar por 11-0, o que nos deixa moderadamente optimistas.
Se a vitória ao Monsanto para a Taça foi apenas a maior do século XXI do Benfica nesta competição, não podemos deixar de lembrar que esse mesmo Monsanto disputa o mesmo escalão do Gondomar quando nos eliminou, numa época em que eramos treinados pelo professor Jesualdo Ferreira.
Tudo é relativo, os oito ao V. Setubal, os quatro ao Belenenses, os quatro ao Vorskla Poltava, os cinco ao Leixoes ou os cinco de ontem aos católicos de Liverpool. Haverá sempre quem não consiga ver méritos em nada daquilo que o Benfica tem feito esta época, ou, que vendo, não os consegue admitir.
Paulo Bento teve na Letónia um relvado ao nível daquele do Estádio de Alvalade, o que foi uma vantagem na adaptação e na qualidade do jogo, enquanto o FC Porto conseguiu segurar a vantagem contra os poderosos cipriotas do Apoel.
O Everton é uma equipa boa, foi das melhores que jogaram este ano no Estádio da Luz, mas no futebol também é preciso ter sorte e o Everton não teve sorte nenhuma no sorteio da Liga Europa quando lhe calhou o Benfica pela frente.
Muito dificil será seguramente o jogo da próxima segunda-feira à noite. O Benfica-Nacional da Madeira, da ultima época, marcou negativamente todo o percurso do ano transacto.
Esperemos, desta feita, uma arbitragem de nível, e o Benfica com o nível que nos tem habituado este ano. Não somos campeões, não ganhámos a Taça de Portugal nem a Liga Europa. Mas que gostamos e temos prazer em ver o Benfica jogar, lá isso temos...
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sábado, outubro 17, 2009
A chama imensa: A minha pátria já está no Mundial
Por Ricardo Araújo Pereira in Abola.
Bom, não estará completamente, mas para lá caminha. Não quero parecer demasiado optimista. É certo que faltam ainda uns dois jogos decisivos mas, em princípio, em breve fica tudo resolvido e a minha nação estará na África do Sul: Luisão e Ramires já se apuraram, Aimar e Di María (e, quem sabe, Saviola) também, Óscar Cardozo está igualmente qualificado, Quim, César Peixoto e Nuno Gomes podem estar quase, assim como Maxi Pereira, e o seleccionador de Javi Garcia já disse que o tem debaixo de olho. Vai ser um Mundial em cheio, talvez como o de 1990, em que também estivemos presentes. Decorria a fase de grupos quando o meu primo me telefonou: «Estás a ver o jogo do Benfica?» Claro que estava. Boa parte das pessoas chamava-lhe Brasil-Suécia, mas era o jogo do Benfica: Ricardo Gomes, Mozer, Valdo, Schwarz, Thern e Magnusson como titulares, e Glenn Stromberg ainda entrou, para dar ao jogo um cheirinho a velhas glórias. Foi um belo desafio dos meus compatriotas. Espero que o próximo Mundial me traga mais desses.
Talvez a maioria dos leitores não compreenda, mas sempre senti que o meu país é o Benfica. Sou português, claro, até porque o Benfica é português. Sou lisboeta, até porque o estádio da Luz fica em Lisboa. Mas a minha pátria é o Benfica. Sempre achei que pertencia mais ao país de Schwartz, Valdo e Filipovic do que ao de Fernando Couto, Jorge Costa e Sá Pinto. Os jogadores do Benfica são meus compatriotas; os da selecção nacional, nem sempre. Muito provavelmente, o leitor considerará que sou estranho, mas eu sinto-me muito mais compatriota de Ruben Amorim ou Fábio Coentrão do que de Liedson ou Pepe. É absurdo, eu sei, mas é assim.
****
Tenho estado a fazer uns tratamentos e aguardo resultados positivos em breve. Todos os dias, escrevo 10 vezes num caderno a frase «O Benfica não é obrigado a golear todos os jogos». E depois leio e finjo que acredito. Tudo isto serve para tentar moderar o entusiasmo, que é injustificado. O calendário tem sido favorável ao Benfica. Ainda não defrontou Porto, ou Sporting, o que já aconteceu com os outros. O Benfica limitou-se a dar três ao facílimo Paços de Ferreira (que empatou com o Porto) e dar quatro ao muito macio Belenenses (que empatou com o Sporting). Tudo jogos fáceis, claro. O avanço do Benfica não significa nada. Basta-me repetir esta frase um bom número de vezes e pode ser que passe a acreditar nisso. Os sportinguistas e portistas já conseguiram. Deve ser uma tarefa simples.
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sábado, setembro 26, 2009
Frase do dia.
O Jorge Jesus disse ... e eu acredito ...
"Eu disse aos jogadores ao intervalo que íamos golear"
LOL granda Jesus.
Carrega Benfica.
"Eu disse aos jogadores ao intervalo que íamos golear"
LOL granda Jesus.
Carrega Benfica.
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sexta-feira, setembro 25, 2009
É, sem dúvida, o melhor vídeo do Youtube e de toda a Internet.
Video realizado por: Guilherme Cabral (G-Dji) (user do serbenfiquista)
Excelente trabalho Guilherme ...
Não vivo do passado,
não vivo de recordações,
não vivo da história...
...vivo sim da vontade de querer fazer história.
No meu peito explode um grito guardado há demasiado tempo,
um grito de revolta que me faz estar a teu lado ontem, hoje e amanhã.
Guardo debaixo da camisola o amor que tenho para te dar,
os gritos de vitória que eu quero que me acompanhem todos os dias,
o sangue quente que me corre nas veias,
que faz bater o meu coração ao compasso dos golos e da musica,
que enchem o revelado da minha Catedral.
Declarar um simples Amo-te é pouco...
...é pouco para o muito que dão e que sei que mais me irão dar.
Façam bater o meu coração cada vez mais,
ao compasso de vitórias com garra, com querer e com ambição.
Dêm-me vida,
Façam com que o silencio da Catedral apenas seja o bater de milhares de corações.
Façam-me voar como uma Águia,
alcancem a eterna Glória que eu irei bater palmas de pé,
construam paredes,
subam degrau a degrau,
que o ceu será por nós conquistado.
Mesmo que caiam dez vezes,
estarei cá para ajudar a levantar-te,
para erguer um mostro que está adormecido há tempo demais.
Vivam cada jogo como se fosse o ultimo,
e amem tanto como eu,
a Camisola que trazem vestida...eternamente...
aquela que eu sei que nunca me faltará,
aquela que eu sei que me faz viver.
Tenho quase noventa anos,
mas espero ainda festejar muitos titulos,
do unico Clube que me faz chorar...
...Amo-te!!!
Muito obrigado ao Sr. Orlando.
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quinta-feira, setembro 17, 2009
Contra a corrente: Quanto tempo de jogo é preciso para mostrar um cartão amarelo?
Falou muito sensatamente o treinador do Benfica sobre o arranque do campeonato, desalinhando prontamente do coro de louvores à produção da sua equipa. Para Jorge Jesus, a melhor equipa do momento é o Sporting de Braga «porque vai à frente de todos com quatro jogos e quatro vitórias», disse e disse muito bem.
O pragmatismo de Jorge Jesus tem sido o mais positivo dos seus atributos nestes escassos meses que leva no comando técnico do Benfica. É de crer que os benfiquistas têm apreciado o pragmatismo do seu treinador, pouco dado às minúsculas satisfações e ao embevecimento com o praticamente pouca coisa já atingido esta época.
O comportamento de Jorge Jesus, no banco, nos jogos com o Vitória de Setúbal, na Luz, e com o Belenenses, no Restelo é um exemplo disso mesmo. Nos dois casos, bem recentes, já o Benfica somava expressivas goleadas e ainda era possível ver o treinador com cara de poucos amigos, insatisfeito com o rumo dos acontecimentos — um passe falhado aqui, uma desatenção ali —, de olhos fixos nos seus jogadores exigindo-lhes que cumprissem os noventa minutos sem se encostarem à folga do folgado resultado entretanto obtido.
Não será disparatada especulação tentar interpretar a mensagem que o treinador, nessas ocasiões, passava para dentro do campo aos seus jogadores. E que deve ser, mais ou menos, esta:
— Filhos, olhem que a folga é só amanhã!
E é e tem toda a razão. Os jogos de futebol têm noventa minutos e os objectivos de uma equipa são exactamente os mesmos do primeiro ao nonagésimo minuto: não sofrer golos, marcar golos na baliza adversária, satisfazer o público afecto, impressionar o público adversário, conquistar o respeito da crítica.
Tal como os objectivos de uma equipa são os mesmos do princípio ao fim de uma partida, também se suponha, do mesmo ponto de vista pragmático, que as Leis do Jogo, que ainda por cima são poucas e fáceis de entender até por crianças — e por isso é que o futebol é um desporto tão popular —… também se suponha que as Leis do Jogo, dizíamos, eram precisamente as mesmas do minuto 1 ao minuto 90.
No nosso futebol, no entanto, parece que não são, como nos tem sido dado observar nestes primeiros jogos do campeonato de 2009/2010.
O Benfica tem sido muito prejudicado com esta particularidade portuguesa da observação das Leis do Jogo por parte dos seus agentes licenciados, ou seja, os árbitros.
No último jogo, no Restelo, nos primeiros 5 minutos que se seguiram ao apito inicial do árbitro, o nosso bem conhecido Olegário Benquerença, o jovem argentino Di María foi por duas vezes ceifado por um jogador adversário sem que o juiz da partida fosse ao bolso buscar o mais do que justamente aplicável cartão amarelo. Os comentadores, de um modo geral, aceitaram a decisão de Benquerença com base no pressuposto que o jogo ainda mal tinha começado e que era muito cedo para acções disciplinares, como se as Leis fossem explícitas a declarar que os primeiros minutos do jogo beneficiam de uma amnistia própria e que, a sério, a sério, a coisa só começa lá para meio da primeira parte.
E vai ser este o principal adversário interno do Benfica nesta época.
Não vai ser o anti-jogo dos adversários, defendendo-se como puderem, com autocarro ou sem autocarro. O principal adversário do Benfica, na época corrente, vai ser o anti-Leis do Jogo, que permite que assim que o árbitro dá por aberta a contenda a consequente abertura de um inconcebível período de caça às pernas dos talentosos e franzinos artistas argentinos, sendo certo e sabido que não haverá sanções porque, caramba, «ainda é muito cedo» para cartões.
Se é verdade que os árbitros portugueses não são pragmáticos com a observação das suas competências, não é menos verdade que, por enquanto, a equipa do Benfica tem sabido resolver bem a desagradável situação. E da única maneira possível.
No Restelo, foi Saviola, logo aos 6 minutos, quem deu por encerrado o período de impunidade da caça às pernas pegando na bola ainda no seu meio-campo e percorrendo cinquenta metros, passando por tudo e por todos, até por Olegário Benquerença, lá fez com toda a banalidade que se lhe reconhece o primeiro golo do Benfica.
E vai ser sempre assim. Quanto mais cedo o Benfica, marcar mais cedo os árbitros — Benquerenças, Sousas, Costas e companhia —, vão ser obrigados a perceber que, afinal, o jogo já começou a sério e que está na altura de aplicar as Leis.
Tudo isto vai ser muito difícil.
*******
Regressando ao pragmatismo de Jorge Jesus, ao considerar que o Sporting de Braga, o seu anterior emblema, é a melhor equipa portuguesa do momento porque lidera isolada a tabela, devemos acreditar que o treinador do Benfica tem todas as razões pragmáticas para desejar manter o seu discurso, pelo menos, por mais uma semana.
O Sporting de Braga recebe no sábado o FC Porto e se o Benfica tem um interesse no resultado também é certo que este confronto no Minho reveste-se de um outro tipo de curiosidade.
Esta:
Até que ponto a inabalável amizade entre os presidentes do Sporting de Braga e do FC Porto poderá ser abalada pelas incidências do jogo, pelas marginalidades do jogo, pelo resultado do jogo?
O Braga recebe o FC Porto na condição de líder e, a fazer fé nas crónicas do último Marítimo-Braga, a equipa de Domingos Paciência é líder porque beneficiou de dois favores grosseiros da arbitragem, no Funchal. Portanto, tendo em conta o pragmatismo da nossa arbitragem, no próximo sábado será a vez de o Sporting de Braga ser prejudicado.
Ou não será assim?
*******
No domingo, o Benfica vai a Leiria e Diego Gaúcho, defesa-central da União de Leiria, explicou durante esta semana que a maneira de fazer para o Benfica «é não deixar jogar o Aimar», o que é uma opinião tão válida como outra qualquer e que só carece de prova.
Jorge Jesus delicia-se, certamente, com estas provocações tácticas e decidiu não convocar Aimar para o jogo desta noite com o BATE Borisov. Não se sabe ao certo se para fazer descansar o argentino se para provar a Diego Gaúcho e à opinião pública em geral que, sem Aimar, o Benfica não se banaliza.
Veremos.
Leonor Pinhão in ABola de 17.09.2009
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terça-feira, setembro 15, 2009
CARREGA BENFICA.Este ano nem os bois pretos nos param.
Senão veja os últimos 10 jogos oficiais do Benfica apitados por Jorge Sousa:
Leixões 1-1 Benfica
Benfica 1-1 Setúbal
Benfica 0-1 FC Porto
Benfica 1-1 Braga
Sporting 5-3 Benfica
Benfica 3-0 Setúbal
Benfica 1-1 FC Porto
Trofense 2-0 Benfica
Benfica 0-1 Vitória Guimarães
Nacional 3-1 Benfica
É óbvio que ele não foi escolhido ao acaso. . .depois disto fiquei muito céptico em relação a este jogo.
Leixões 1-1 Benfica
Benfica 1-1 Setúbal
Benfica 0-1 FC Porto
Benfica 1-1 Braga
Sporting 5-3 Benfica
Benfica 3-0 Setúbal
Benfica 1-1 FC Porto
Trofense 2-0 Benfica
Benfica 0-1 Vitória Guimarães
Nacional 3-1 Benfica
É óbvio que ele não foi escolhido ao acaso. . .depois disto fiquei muito céptico em relação a este jogo.
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Corrupção
quinta-feira, setembro 10, 2009
Conselho do dia
"Se apenas limpando as mãos com álcool, já se elimina o vírus da gripe, bebendo, então, o vírus nem chega perto! "
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mal dizer
sexta-feira, setembro 04, 2009
Por isso eles ganham tantas vezes!
O p@rc@ do juju foi à UEFA afirmar que em Portugal os árbitros nunca têm dúvidas e raramente se enganam. Mais aqui .
quinta-feira, setembro 03, 2009
As férias? ... já foram!
E pronto... as férias grandes já foram.
Foram boas, foram passadas em boa companhia ... e as vossas?
Peço desculpa por isto andar um bocado parado.
Agora ando a meter fotos por aqui
Foram boas, foram passadas em boa companhia ... e as vossas?
Peço desculpa por isto andar um bocado parado.
Agora ando a meter fotos por aqui
terça-feira, agosto 04, 2009
Férias.
Declaro este blog encerrado para férias! Isto volta ao activo daqui a umas semanas.
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Aldeia Velha,
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festas
quarta-feira, julho 29, 2009
quarta-feira, julho 22, 2009
Cartaz de Aldeia Velha - Festas de São João Baptista 2009
Os mordomos da festa organizaram um vasto programa que proporcionará uma agradável diversão a todos os milhareiros e aqueles que vierem visitar Aldeia Velha.
Aldeia Velha vai viver, nos dias 22, 23, 24, 25 e 26 de Agosto do corrente ano, a festa em Honra de São João Baptista, a maior festividade religiosa, a festa que marca, indubitavelmente, não só todos os habitantes de Aldeia Velha como também os habitantes de todo o concelho (Sabugal) no qual se insere a aldeia. São muitos os naturais de Aldeia Velha espalhados por todo o mundo que regressam às origens nesta altura para estarem presentes na festa do seu padroeiro, que, onde quer que estejam, não esquecem estes dias.
Ninguém fica indiferente a esta festa, pois trata-se de uma tradição secular da nossa terra, que é uma oportunidade para reencontros e sobretudo de convívio e de grande animação.
O momento marcante nestas festividades será a missa solene no dia 24 e a imponente procissão com o padroeiro, seguido de outros Santos, que percorrerá as principais ruas da aldeia. Para além da festa religiosa do dia 24, destaca-se ainda a capeia arraiana no dia 25, com o tracidional encerro dos touros feita pelos principais cavaleiros da região, que atrai milhares de aficcionados.
A entrada é livre e estará assegurado um serviço de bar permanente.
Também publicado em (festasaldeiavelha2009)
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cataz das festas 2009
domingo, julho 05, 2009
frase do dia.
Como é que um candidato fica em 3º lugar numas eleições com apenas duas listas?!?
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A chama imensa: O Benfica é nosso e há-de ser
Por Ricardo Araújo Pereira (in ABola)
Imagine o leitor que o presidente de determinado clube diz publicamente, sobre um jogador que acaba de ser contratado, que não tem qualidade – característica que, aliás, partilha com outro compatriota que joga no mesmo clube desde o ano anterior. Não haverá conferência de imprensa em que jogadores e presidente não sejam confrontados com essas declarações, não lhe parece? E se, para fugir à instabilidade que ele próprio causou, o presidente tentar vender imediatamente os jogadores em causa, o clube comprador não deixará de recordar ao vendedor que está a adquirir os direitos desportivos de jogadores sem qualidade, não acha? Eu acho. E era o que aconteceria se Bruno Carvalho tivesse sido eleito presidente. Depois de, com o sentido de responsabilidade que sempre o caracterizou, ter dito que Saviola e Aimar não tinham qualidade (na sua opinião, "se fossem bons, não vinham para o Benfica"), Bruno Carvalho teria de gerir um clube no qual dois dos principais activos, adquiridos por 11 milhões de euros, tivessem moral e valor reduzidos a nada. Pinto da Costa, se pudesse, não faria melhor.
Bruno Carvalho foi, que me lembre, o primeiro a exigir eleições antecipadas. Depois, foi também o primeiro a defender que a antecipação das eleições era uma batota. Estes factos, entre outros, talvez expliquem a razão pela qual Bruno Carvalho tenha tido menos de metade dos votos em branco. Bruno Carvalho tinha um site, uma lista, um projecto. Os votos em branco, não. Bruno Carvalho deu entrevistas, escreveu comunicados, fretou aviões. Os votos em branco, que eu saiba, não. Ainda assim, ou justamente por isso, os votos em branco conseguiram mais do dobro dos votos de Bruno Carvalho. Karl Marx disse que a História se repetia, primeiro como tragédia, depois como farsa. No Benfica, a História repete-se, primeiro como Guerra Madaleno, depois como Bruno Carvalho.
Naqueles 10 minutos em que foi jogador do Milan, Cissokho disse que era o homem mais feliz do Mundo. Agora que voltou ao Porto, percebe-se que desceu duas ou três posições no ranking de felicidade mundial. O pai de Bruno Alves já garantiu à Sky Sports que é altura de o filho sair do clube. Lucho já saiu para o colossal Marselha, que nos últimos 17 anos venceu – peço desculpa, deixem-me só fazer as contas – é isso: zero títulos. Um dos empresários que representa Lisandro López disse ao Jornal de Notícias que o jogador já assinou um pré-acordo para jogar quatro anos no Lyon. Entretanto, já foram indicados como estando a caminho do Porto os jogadores: Luís Garcia, Falcão, Buonanotte, Tiago, Duda, Diego Valeri e Javier Pastore, entre outros.
Se ao menos o Benfica conseguisse ter a estabilidade do Porto…
Imagine o leitor que o presidente de determinado clube diz publicamente, sobre um jogador que acaba de ser contratado, que não tem qualidade – característica que, aliás, partilha com outro compatriota que joga no mesmo clube desde o ano anterior. Não haverá conferência de imprensa em que jogadores e presidente não sejam confrontados com essas declarações, não lhe parece? E se, para fugir à instabilidade que ele próprio causou, o presidente tentar vender imediatamente os jogadores em causa, o clube comprador não deixará de recordar ao vendedor que está a adquirir os direitos desportivos de jogadores sem qualidade, não acha? Eu acho. E era o que aconteceria se Bruno Carvalho tivesse sido eleito presidente. Depois de, com o sentido de responsabilidade que sempre o caracterizou, ter dito que Saviola e Aimar não tinham qualidade (na sua opinião, "se fossem bons, não vinham para o Benfica"), Bruno Carvalho teria de gerir um clube no qual dois dos principais activos, adquiridos por 11 milhões de euros, tivessem moral e valor reduzidos a nada. Pinto da Costa, se pudesse, não faria melhor.
Bruno Carvalho foi, que me lembre, o primeiro a exigir eleições antecipadas. Depois, foi também o primeiro a defender que a antecipação das eleições era uma batota. Estes factos, entre outros, talvez expliquem a razão pela qual Bruno Carvalho tenha tido menos de metade dos votos em branco. Bruno Carvalho tinha um site, uma lista, um projecto. Os votos em branco, não. Bruno Carvalho deu entrevistas, escreveu comunicados, fretou aviões. Os votos em branco, que eu saiba, não. Ainda assim, ou justamente por isso, os votos em branco conseguiram mais do dobro dos votos de Bruno Carvalho. Karl Marx disse que a História se repetia, primeiro como tragédia, depois como farsa. No Benfica, a História repete-se, primeiro como Guerra Madaleno, depois como Bruno Carvalho.
Naqueles 10 minutos em que foi jogador do Milan, Cissokho disse que era o homem mais feliz do Mundo. Agora que voltou ao Porto, percebe-se que desceu duas ou três posições no ranking de felicidade mundial. O pai de Bruno Alves já garantiu à Sky Sports que é altura de o filho sair do clube. Lucho já saiu para o colossal Marselha, que nos últimos 17 anos venceu – peço desculpa, deixem-me só fazer as contas – é isso: zero títulos. Um dos empresários que representa Lisandro López disse ao Jornal de Notícias que o jogador já assinou um pré-acordo para jogar quatro anos no Lyon. Entretanto, já foram indicados como estando a caminho do Porto os jogadores: Luís Garcia, Falcão, Buonanotte, Tiago, Duda, Diego Valeri e Javier Pastore, entre outros.
Se ao menos o Benfica conseguisse ter a estabilidade do Porto…
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sexta-feira, julho 03, 2009
quinta-feira, julho 02, 2009
Vieira, Claro!!!
Vieira vai a votos e vai ser presidente seja quando for e contra quem for!!! O sr. Bruno Car* e o Movimento Benfica Vencer, Vencer são os maiores abutres que eu me lembro de terem aparecido á superficie da terra, a segui ao Vale tudo, e que querem aproveitar o que o Vieira fez no Benfica!
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domingo, junho 28, 2009
A chama imensa: Em quem eu voto
Por Ricardo Araújo Pereira (in ABola)
NA próxima sexta-feira realizam-se as eleições para a presidência do Sport Lisboa e Benfica e, pelo menos até ao momento em que escrevo, nenhum candidato ou candidato a candidato foi atirado por umas escadas abaixo. Já não é mau, e acaba por ser motivo de orgulho: no Benfica há candidatos (e há também escadas) e eles podem concorrer com a certeza de que não serão incentivados a fracturar o crânio contra um degrau.
Quanto aos candidatos, calculo que Bruno Carvalho não tenha convencido muita gente — até porque, aparentemente, não conseguiu convencer o próprio Bruno Carvalho. Eu confesso que concordo com muitas das ideias de Bruno Carvalho. O problema é que Bruno Carvalho não concorda. Tenho, por exemplo, simpatia pela ideia segundo a qual a identidade do clube sai reforçada se forem benfiquistas a representar e a trabalhar no Benfica. Foi o que disse Bruno Carvalho. E depois convidou Petit, um boavisteiro confesso, para mandatário de campanha. Também acredito que o Benfica precisa de uma liderança forte, determinada e coerente, que não diga hoje uma coisa e amanhã outra. Foi o que defendeu Bruno Carvalho. Depois disse que Jorge Jesus seria despedido por si no dia seguinte às eleições, e uma semana depois disse que Jorge Jesus não seria despedido por si no dia seguinte às eleições. Penso que o papel de Rui Costa no futebol do Benfica é inestimável. Bruno Carvalho também. Mas quer despromovê-lo de director desportivo para conselheiro do presidente para a área do futebol. Quer isto dizer que os conhecimentos de Rui Costa sobre futebol não o qualificam para dirigir, mas apenas para aconselhar. Bruno Carvalho deixa que Rui Costa colabore, mas o que o maestro sabe sobre futebol deve ser depurado pelo superior julgamento de Bruno Carvalho.
Como é evidente, também tenho divergências (é certo que pequenas) com Bruno Carvalho. Por exemplo, não concordo com o conceito de geração de Bruno Carvalho. O candidato afirmou que Carlos Azenha (técnico que propõe para o Benfica) era o melhor treinador português da sua geração. Sucede que Carlos Azenha é três ou quatro anos mais novo que José Mourinho. Não tenho dúvidas de que Carlos Azenha seja competente (por alguma razão Jorge Jesus o convidou para adjunto quando treinou o Vitória de Setúbal), mas enquanto for da mesma idade de José Mourinho (e julgo que terá dificuldade em deixar de o ser) não será o melhor da sua geração. Discordo, igualmente, do conceito de competência de Bruno Carvalho, que afirma que a actual direcção é totalmente incompetente. Bruno Carvalho é sócio efectivo do Benfica desde o ano passado, e é possível que tenha começado a acompanhar a vida do clube apenas nessa altura, mas quem se lembra da situação em que o clube estava quando Vale e Azevedo saiu terá mais cuidado a avaliar as capacidades dos actuais dirigentes. Além disso, não concordo com o conceito de justiça de um candidato que propõe tratar de igual modo todos os dirigentes adversários: desde os que estão a cumprir pena de suspensão de dois anos por tentativa de corrupção aos que não recebem árbitros em casa para tomar café.
Havia também o Movimento Benfica, Vencer, Vencer — que, para movimento, há que reconhecer que está um bocado parado. Era um movimento que tinha projecto, ideólogos e lista — só não tinha presidente. Tentou arranjar um, mas não conseguiu. E torna-se difícil mobilizar milhares de sócios quando não se tem capacidade para mobilizar só um.
Ponderadas todas estas questões, concluí que concordo com quase tudo o que diz Bruno Carvalho e que, tal como o movimento de notáveis, desejo que o Benfica vença (e até, se puder, que vença vença). Mas é mais ou menos por isso que vou votar em Luís Filipe Vieira.
NA próxima sexta-feira realizam-se as eleições para a presidência do Sport Lisboa e Benfica e, pelo menos até ao momento em que escrevo, nenhum candidato ou candidato a candidato foi atirado por umas escadas abaixo. Já não é mau, e acaba por ser motivo de orgulho: no Benfica há candidatos (e há também escadas) e eles podem concorrer com a certeza de que não serão incentivados a fracturar o crânio contra um degrau.
Quanto aos candidatos, calculo que Bruno Carvalho não tenha convencido muita gente — até porque, aparentemente, não conseguiu convencer o próprio Bruno Carvalho. Eu confesso que concordo com muitas das ideias de Bruno Carvalho. O problema é que Bruno Carvalho não concorda. Tenho, por exemplo, simpatia pela ideia segundo a qual a identidade do clube sai reforçada se forem benfiquistas a representar e a trabalhar no Benfica. Foi o que disse Bruno Carvalho. E depois convidou Petit, um boavisteiro confesso, para mandatário de campanha. Também acredito que o Benfica precisa de uma liderança forte, determinada e coerente, que não diga hoje uma coisa e amanhã outra. Foi o que defendeu Bruno Carvalho. Depois disse que Jorge Jesus seria despedido por si no dia seguinte às eleições, e uma semana depois disse que Jorge Jesus não seria despedido por si no dia seguinte às eleições. Penso que o papel de Rui Costa no futebol do Benfica é inestimável. Bruno Carvalho também. Mas quer despromovê-lo de director desportivo para conselheiro do presidente para a área do futebol. Quer isto dizer que os conhecimentos de Rui Costa sobre futebol não o qualificam para dirigir, mas apenas para aconselhar. Bruno Carvalho deixa que Rui Costa colabore, mas o que o maestro sabe sobre futebol deve ser depurado pelo superior julgamento de Bruno Carvalho.
Como é evidente, também tenho divergências (é certo que pequenas) com Bruno Carvalho. Por exemplo, não concordo com o conceito de geração de Bruno Carvalho. O candidato afirmou que Carlos Azenha (técnico que propõe para o Benfica) era o melhor treinador português da sua geração. Sucede que Carlos Azenha é três ou quatro anos mais novo que José Mourinho. Não tenho dúvidas de que Carlos Azenha seja competente (por alguma razão Jorge Jesus o convidou para adjunto quando treinou o Vitória de Setúbal), mas enquanto for da mesma idade de José Mourinho (e julgo que terá dificuldade em deixar de o ser) não será o melhor da sua geração. Discordo, igualmente, do conceito de competência de Bruno Carvalho, que afirma que a actual direcção é totalmente incompetente. Bruno Carvalho é sócio efectivo do Benfica desde o ano passado, e é possível que tenha começado a acompanhar a vida do clube apenas nessa altura, mas quem se lembra da situação em que o clube estava quando Vale e Azevedo saiu terá mais cuidado a avaliar as capacidades dos actuais dirigentes. Além disso, não concordo com o conceito de justiça de um candidato que propõe tratar de igual modo todos os dirigentes adversários: desde os que estão a cumprir pena de suspensão de dois anos por tentativa de corrupção aos que não recebem árbitros em casa para tomar café.
Havia também o Movimento Benfica, Vencer, Vencer — que, para movimento, há que reconhecer que está um bocado parado. Era um movimento que tinha projecto, ideólogos e lista — só não tinha presidente. Tentou arranjar um, mas não conseguiu. E torna-se difícil mobilizar milhares de sócios quando não se tem capacidade para mobilizar só um.
Ponderadas todas estas questões, concluí que concordo com quase tudo o que diz Bruno Carvalho e que, tal como o movimento de notáveis, desejo que o Benfica vença (e até, se puder, que vença vença). Mas é mais ou menos por isso que vou votar em Luís Filipe Vieira.
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Aquilo mais parecia era a faixa de Gaza...
Que tristeza. Ontem em Alcochete.
Já em 2004 hove uma invasão em Alvalidl instigada pelo chefe da claque!!!
Depois é o Luís Filipe Vieira que apoia criminosos e instigadores da violência!!!
Fernando guerra (in Abola): problema não está em saber quem atirou a primeira pedra mas sim permitir que o jogo fosse disputado em cenário de santos populares!!!
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Há 30 anos que é assim... está a falar da associação assumidamente corrupta: o FCP!!!
Citações retiradas do livro «Jogo Sujo», de Fernando Mendes e Luís Aguilar (ed. Livros De Hoje, Grupo Leya)
«Em determinado período da minha carreira cheguei a um clube que tinha uma grande equipa, um belíssimo treinador e um presidente carismático. Para além destas qualidades, existiram outros ingredientes que facilitaram o nosso percurso vitorioso. Devo dizer que antes de ir para este clube nunca tinha tido qualquer experiência com doping (pelo menos conscientemente)»
«Os incentivos para correr eram sempre apresentados pelo massagista. Passado pouco tempo de estar no clube, ele aproximou-se de mim, e de outros novos jogadores (...) Disse-me claramente que aquilo que ia dar-me era doping, embora nunca tivesse falado de eventuais efeitos secundários. (...) Com o passar do tempo assumi os riscos e tomei doping de todas as vezes que me foi dado. (...) Nunca vi um único colega insurgir-se perante essa situação»
«No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através de injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (...) A injecção tinha efeito imediato, enquanto os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo»
«Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome»
«Cada jogador tomava uma dose personalizada, mediante o seu peso, condição física ou última vez que tinha ingerido a substância (...) Porém, nos jogos importantes era sempre certo (...) Quando se sabia que não iria haver controlo antidoping, nunca falhava»
«Lembro-me de um jogo das competições europeias contra uma equipa que tinha três campeões do mundo no seu plantel. Um deles era um poderoso avançado no jogo aéreo. (...) Apanhei-o várias vezes no meu terreno de acção. Ele era um armário, com um tremendo poder de impulsão. Mas nesse dia eu saltei que nem um louco e ganhei-lhe quase todas as bolas de cabeça (...) O meu segredo: uma pequena vacina, do tamanho de meia unha, chamada Pervitin»
«Em certos treinos víamos um ou dois juniores que apareciam para treinar connosco. Esses juniores não estavam ali porque eram muito bons ou porque tinham de ganhar experiência. Estavam ali para servirem de cobaias a novas dosagens. Um elemento do corpo clínico dava cápsulas ou injecções com composições ilegais a miúdos dos juniores (...) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno»
«Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser directamente influenciado por essa dica»
«Em determinada temporada (...) sou convocado para um encontro particular da Selecção Nacional. (...) Faço uma primeira parte fantástica, mas ao intervalo começo a sentir-me cansado e tenho medo de não aguentar o ritmo (...) O jogo realiza-se num estádio português (...) Estão lá um médico e um massagista de um clube onde jogo (...) No intervalo, peço a esse médico para me dar uma das suas injecções de doping. Saio do balneário da Selecção, sem que ninguém se aperceba, e entro numa salinha ao lado. É aí que me dão a injecção pedida por mim. Volto a frisar que ninguém da Selecção se apercebeu»
in maisfutebol
Olha a famosa "Amarelinha"...
«Em determinado período da minha carreira cheguei a um clube que tinha uma grande equipa, um belíssimo treinador e um presidente carismático. Para além destas qualidades, existiram outros ingredientes que facilitaram o nosso percurso vitorioso. Devo dizer que antes de ir para este clube nunca tinha tido qualquer experiência com doping (pelo menos conscientemente)»
«Os incentivos para correr eram sempre apresentados pelo massagista. Passado pouco tempo de estar no clube, ele aproximou-se de mim, e de outros novos jogadores (...) Disse-me claramente que aquilo que ia dar-me era doping, embora nunca tivesse falado de eventuais efeitos secundários. (...) Com o passar do tempo assumi os riscos e tomei doping de todas as vezes que me foi dado. (...) Nunca vi um único colega insurgir-se perante essa situação»
«No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através de injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (...) A injecção tinha efeito imediato, enquanto os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo»
«Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome»
«Cada jogador tomava uma dose personalizada, mediante o seu peso, condição física ou última vez que tinha ingerido a substância (...) Porém, nos jogos importantes era sempre certo (...) Quando se sabia que não iria haver controlo antidoping, nunca falhava»
«Lembro-me de um jogo das competições europeias contra uma equipa que tinha três campeões do mundo no seu plantel. Um deles era um poderoso avançado no jogo aéreo. (...) Apanhei-o várias vezes no meu terreno de acção. Ele era um armário, com um tremendo poder de impulsão. Mas nesse dia eu saltei que nem um louco e ganhei-lhe quase todas as bolas de cabeça (...) O meu segredo: uma pequena vacina, do tamanho de meia unha, chamada Pervitin»
«Em certos treinos víamos um ou dois juniores que apareciam para treinar connosco. Esses juniores não estavam ali porque eram muito bons ou porque tinham de ganhar experiência. Estavam ali para servirem de cobaias a novas dosagens. Um elemento do corpo clínico dava cápsulas ou injecções com composições ilegais a miúdos dos juniores (...) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno»
«Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser directamente influenciado por essa dica»
«Em determinada temporada (...) sou convocado para um encontro particular da Selecção Nacional. (...) Faço uma primeira parte fantástica, mas ao intervalo começo a sentir-me cansado e tenho medo de não aguentar o ritmo (...) O jogo realiza-se num estádio português (...) Estão lá um médico e um massagista de um clube onde jogo (...) No intervalo, peço a esse médico para me dar uma das suas injecções de doping. Saio do balneário da Selecção, sem que ninguém se aperceba, e entro numa salinha ao lado. É aí que me dão a injecção pedida por mim. Volto a frisar que ninguém da Selecção se apercebeu»
in maisfutebol
Olha a famosa "Amarelinha"...
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quinta-feira, junho 25, 2009
Se fosse no Benfica...
Aqui há gato
... O caso Cissokho serviria para exemplificar o circo em que se transformou o clube da Luz. Como não foi, a maioria da comunicação social optou por salvaguardar a idoneidade da estrutura do FC Porto, culpando os malandros do AC Milan.
Ainda assim, estava à espera que se aproveitasse o caso Cissokho para glorificar um pouco mais "Jorge Nuno Pinto da Costa" - senhoras e senhores, é incrível como agora o FC Porto, para além de desviar atletas que iam para o Benfica, consegue ficar com jogadores que foram dados como certos no gigante AC Milan! Enfim, já não é novidade que a maioria da comunicação social, se fosse fisicamente possível, faria todos os dias amor com a estrutura do FC Porto. Como não é, limita-se a manter uma relação estritamente platónica.
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=e947e2c1-a6c6-4cd4-8f72-3211984c7884&idCanal=00000124-0000-0000-0000-000000000124
... O caso Cissokho serviria para exemplificar o circo em que se transformou o clube da Luz. Como não foi, a maioria da comunicação social optou por salvaguardar a idoneidade da estrutura do FC Porto, culpando os malandros do AC Milan.
Ainda assim, estava à espera que se aproveitasse o caso Cissokho para glorificar um pouco mais "Jorge Nuno Pinto da Costa" - senhoras e senhores, é incrível como agora o FC Porto, para além de desviar atletas que iam para o Benfica, consegue ficar com jogadores que foram dados como certos no gigante AC Milan! Enfim, já não é novidade que a maioria da comunicação social, se fosse fisicamente possível, faria todos os dias amor com a estrutura do FC Porto. Como não é, limita-se a manter uma relação estritamente platónica.
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=e947e2c1-a6c6-4cd4-8f72-3211984c7884&idCanal=00000124-0000-0000-0000-000000000124
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quinta-feira, junho 18, 2009
Carta aberta a Jorge Jesus
Jesus,
Deves achar estranho porque Te estou a escrever e nem sequer é Natal. No entanto, desta vez não venho pedir Playstations, não quero nenhum LCD e há muito que já perdi o fascínio por bonecas insufláveis, para ser mais preciso há 14 dias.
Estou-Te a escrever porque Te quero agradecer por teres ouvido as minhas preces. Só Deus – que é como quem diz, o Teu Paizinho – sabe a quantidade de Domingos que eu passei na igreja a clamar “Glória a Jesus! Glória a Jesus!” e a pensar “…e Jesus no Glorioso! E Jesus no Glorioso!”
Grande Jesus, escolheste o clube certo. Os outros intitulam-se “grandes”, mas grande à Tua dimensão só mesmo o Benfica.
O Porto também não era mau, porque nota-se que ali há gente humilde e solidária: aquela malta recebe qualquer pessoa que tenha problemas pessoais. E um apito na boca.
Agora o Sporting, Jesus? Livraste-Te de boa: se aquele plantel soubesse que lá estava Jesus, 90% do treino eram para Te fazerem queixinhas e os outros 10% eram para o João Moutinho Te pedir um Action Man e o Miguel Veloso dizer-Te que o Miguel Veloso pediu-Te para tu lhe dares uma Barbie.
Podes ter alguns problemas de adaptação ao princípio, nomeadamente com o público feminino. Admite: Tu podes ser Jesus, mas para o mulherio benfiquista o Quique era Deus.
Queres um conselho? Esquece isso. O público macho está contigo.
Nomeadamente os casados.
Deixa-me agora que Te diga que, no que depender de mim e dos verdadeiros sócios e simpatizantes do SLB, vais ter paz. Assim como vamos ter paciência para Ti, espero que tenhas paciência para as nossas idiossincrasias, e para a carrada de piadinhas que vais ouvir (parece impossível, mas acredita que há palermas que vão escrever a brincar com o facto de Te chamares Jesus.
Ridículo.)
Como a malta benfiquista já conhece as piadas e gozos todos de cor, derivado de já termos sido presididos por João Vale e Azevedo, vou-te pôr ao corrente de algumas situações que sei de antemão que vão acontecer na próxima época:
1. Todas as capas de Jornais vão associar qualquer efeméride futebolística benfiquista à tua religiosidade, com tiradas do estilo:
- “Nem Jesus os salva”;
- “Aquela defesa é um ‘Ai Jesus’!”
- “Aleluia! Balboa marca um golo”;
- “Jesus dá sermão ao plantel”
- “ Sporting 0 – Benfica 5: Jesus é um Senhor”
2. Ninguém vai querer saber quando fazes anos: toda a gente Te vai dar os parabéns no Natal;
3. No fim-de-semana da Páscoa, até podes ir à frente do campeonato e ganhar a taça da Liga, mas as televisões vão sempre passar filmes de Ti a ser crucificado.
Conselho: desliga a TV na Sexta-feira Santa. E no Sábado de Aleluia. E já agora, no Domingo de Páscoa;
4. No fim do campeonato, não interessa se és campeão. Vais sempre ver lenços brancos. Não Te assustes, que ninguém Te quer mandar embora: são os festejos do 13 de Maio.
“E quem é que Me garante isso”, pensarás Tu. E eu respondo-Te: o Teu instinto. Usa bem os Teus sentidos, e tenta perceber a origem dos milhares de lenços brancos que fores vendo. Porque há uma grande diferença entre dois benfiquistas transtornados a dizer “Oh Jesus, vai para casa!” e duas benfiquistas beatas a cantar “Avé, Avéé, Avé Mariiiiiiaaaaaa…”
Pensa nisto com carinho.
Permite-me que termine com um elogio: gosto do Teu cabelo, pá. Confesso que à primeira vista parece um erro de casting de cabeleireiro, metade pintado de branco e outra metade com raízes pretas. Mas à segunda vista já só parece feio.
E gosto porque sinto que é essa Tua vicissitude capilar que me garante cá dentro que vamos ser campeões. Jesus, a História do Benfica campeão é feita de animais da bola. Sempre foi, desde o Pantera Negra nos anos 60 à Velha Raposa em 2005.
Agora, depois de 4 anos perdidos com indivíduos pouco zoófilos, chegou a Zebra da Táctica. Estou confiante!
Deste sócio e fã,
Juvelino
in (http://projectosdiferidos.blogspot.com)
Deves achar estranho porque Te estou a escrever e nem sequer é Natal. No entanto, desta vez não venho pedir Playstations, não quero nenhum LCD e há muito que já perdi o fascínio por bonecas insufláveis, para ser mais preciso há 14 dias.
Estou-Te a escrever porque Te quero agradecer por teres ouvido as minhas preces. Só Deus – que é como quem diz, o Teu Paizinho – sabe a quantidade de Domingos que eu passei na igreja a clamar “Glória a Jesus! Glória a Jesus!” e a pensar “…e Jesus no Glorioso! E Jesus no Glorioso!”
Grande Jesus, escolheste o clube certo. Os outros intitulam-se “grandes”, mas grande à Tua dimensão só mesmo o Benfica.
O Porto também não era mau, porque nota-se que ali há gente humilde e solidária: aquela malta recebe qualquer pessoa que tenha problemas pessoais. E um apito na boca.
Agora o Sporting, Jesus? Livraste-Te de boa: se aquele plantel soubesse que lá estava Jesus, 90% do treino eram para Te fazerem queixinhas e os outros 10% eram para o João Moutinho Te pedir um Action Man e o Miguel Veloso dizer-Te que o Miguel Veloso pediu-Te para tu lhe dares uma Barbie.
Podes ter alguns problemas de adaptação ao princípio, nomeadamente com o público feminino. Admite: Tu podes ser Jesus, mas para o mulherio benfiquista o Quique era Deus.
Queres um conselho? Esquece isso. O público macho está contigo.
Nomeadamente os casados.
Deixa-me agora que Te diga que, no que depender de mim e dos verdadeiros sócios e simpatizantes do SLB, vais ter paz. Assim como vamos ter paciência para Ti, espero que tenhas paciência para as nossas idiossincrasias, e para a carrada de piadinhas que vais ouvir (parece impossível, mas acredita que há palermas que vão escrever a brincar com o facto de Te chamares Jesus.
Ridículo.)
Como a malta benfiquista já conhece as piadas e gozos todos de cor, derivado de já termos sido presididos por João Vale e Azevedo, vou-te pôr ao corrente de algumas situações que sei de antemão que vão acontecer na próxima época:
1. Todas as capas de Jornais vão associar qualquer efeméride futebolística benfiquista à tua religiosidade, com tiradas do estilo:
- “Nem Jesus os salva”;
- “Aquela defesa é um ‘Ai Jesus’!”
- “Aleluia! Balboa marca um golo”;
- “Jesus dá sermão ao plantel”
- “ Sporting 0 – Benfica 5: Jesus é um Senhor”
2. Ninguém vai querer saber quando fazes anos: toda a gente Te vai dar os parabéns no Natal;
3. No fim-de-semana da Páscoa, até podes ir à frente do campeonato e ganhar a taça da Liga, mas as televisões vão sempre passar filmes de Ti a ser crucificado.
Conselho: desliga a TV na Sexta-feira Santa. E no Sábado de Aleluia. E já agora, no Domingo de Páscoa;
4. No fim do campeonato, não interessa se és campeão. Vais sempre ver lenços brancos. Não Te assustes, que ninguém Te quer mandar embora: são os festejos do 13 de Maio.
“E quem é que Me garante isso”, pensarás Tu. E eu respondo-Te: o Teu instinto. Usa bem os Teus sentidos, e tenta perceber a origem dos milhares de lenços brancos que fores vendo. Porque há uma grande diferença entre dois benfiquistas transtornados a dizer “Oh Jesus, vai para casa!” e duas benfiquistas beatas a cantar “Avé, Avéé, Avé Mariiiiiiaaaaaa…”
Pensa nisto com carinho.
Permite-me que termine com um elogio: gosto do Teu cabelo, pá. Confesso que à primeira vista parece um erro de casting de cabeleireiro, metade pintado de branco e outra metade com raízes pretas. Mas à segunda vista já só parece feio.
E gosto porque sinto que é essa Tua vicissitude capilar que me garante cá dentro que vamos ser campeões. Jesus, a História do Benfica campeão é feita de animais da bola. Sempre foi, desde o Pantera Negra nos anos 60 à Velha Raposa em 2005.
Agora, depois de 4 anos perdidos com indivíduos pouco zoófilos, chegou a Zebra da Táctica. Estou confiante!
Deste sócio e fã,
Juvelino
in (http://projectosdiferidos.blogspot.com)
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Benfica o melhor e maior do mundo
quarta-feira, junho 17, 2009
quinta-feira, junho 11, 2009
Estamos no defeso mas a bola não pára.
Por Leonor Pinhão (in "Abola")
Bruno Alves, há que reconhecer, é mesmo especial. Para o pessoal do Benfica, pessoal onde me incluo, ao longo das últimas épocas, Bruno Alves foi simplesmente um jogador importante do clube rival. Aquele tipo de jogador a que chamamos de intratável, se bem me faço compreender. Mas vai uma grande distância daí até entender como admissível, melhor, verosímil, o interesse anunciado por grandes clubes da Europa, os maiores de todos, na sua contratação.
Tal como Cristiano Ronaldo — que sempre me parecia ter marketing a mais e association a menos — só me convenceu, em definitivo, com aquele golão marcado ao FC Porto nos quartos-de-final da última Liga dos Campeões, também Bruno Alves me fez esperar pela cabeçada atómica que deu no esférico nos segundos finais do jogo de hoje da Selecção Nacional na Albânia.
É preciso ser craque a sério para fazer aquilo que Bruno Alves fez em Tirana. Não é que o adversário fosse intratável — é uma das piores selecções europeias —, nem que a marcha do relógio tornasse impossível o milagre porque enquanto há jogo… há bola e tudo pode acontecer... mas é preciso conhecer os portugueses em geral e o futebol português em particular, para entender a dimensão do feito que nos permite continuar a sonhar com o Mundial de 2010.
Bruno Alves é um excelente defesa-central, como muitos outros, mas tem uma característica que evidenciou hoje e que o torna raro: é um anti-acomodado. E isto no futebol ao mais alto nível tem muito valor.
Estávamos já todos, para aí uns 9 milhões, acomodados à ideia de que o empate com a Albânia era certo, e que o adeus à África do Sul estava lavrado, e que o seleccionador era uma besta e que os jogadores eram uns mandriões, e, como portugueses que somos, estávamos adoravelmente acomodados a estas ideias tão tristes e tão fadistas, quando Bruno Alves, o anti-acomodado, foi à área contrária, esperou por uma bola centrada, trepou por um escadote imaginário, subiu mais alto que todos os adversários e companheiros, e ferrou com a tola um disparo feroz que deu em golo e deu em vitória e adiou a depressão nacional que já se antecipava em gozo sofredor.
Depois o árbitro apitou para o final do jogo e os jogadores portugueses terminaram a sua actuação em abraços e choros de felicidade como se tivessem ganho a final do Campeonato do Mundo ao Brasil perante uma audiência global de biliões de telespectadores. Esta é que foi mesmo a parte deprimente.
Domingo, 7 de Junho
Ah, um domingo sem futebol…
Segunda-feira, 8 de Junho
Os órgãos sociais do Benfica demitiram-se em bloco como era previsível a partir do momento em que Luís Filipe Vieira não escondeu que pretendia antecipar o acto eleitoral marcado, estatutariamente, para Outubro. Tivesse Vieira para as coisas do futebol, a intuição animal e o saber prático, intratável, que tem para estas coisas da política interna, e o Benfica já somaria um ror de títulos nacionais e internacionais.
Ou seja… se o presidente do Benfica fizesse gato-sapato dos adversários externos como faz dos adversários internos… imaginem, caros benfiquistas, como ia bordejado a ouro, a diamantes e a tacinhas de todos os tamanhos e feitios, o nosso palmarés desportivo dos últimos anos.
Se do Benfica para fora, Luís Filipe Vieira não tem sido um presidente auspicioso, já do Benfica para dentro Vieira é o mais feliz dos homens. E até a sorte que lhe tem faltado nas disputas nos campos desportivos, tem-lhe sobrado nos despiques internos.
Pode, por exemplo, ter tido azar a contratar treinadores e jogadores para a equipa de futebol, mas tem tido uma sorte dos diabos com o presidente da Assembleia Geral, Manuel Vilarinho que, no seu estilo muito pessoal, o tem poupado a inúmeros disparates e azedumes.
São um mimo as declarações de Manuel Vilarinho à imprensa depois de consumada a marcação do acto eleitoral para 3 de Julho. «Quem é o senhor Bruno não sei quantos?»… «Benfiquista sou eu e mais dez ou vinte. Mais ninguém…»… «Vieira dá 9-1 ao Veiga»… e por aí fora, neste estilo desabrido, semi-enlouquecido, que faz dele o actor/autor do enredo e que poupa Luís Filipe Vieira aos incómodos de ter de responder aos ofendidos.
Terça-feira, 9 de Junho
A notícia é, de facto, sensacional mas, curiosamente, não lhe foi dado grande destaque. Não passou da coluna das breves. E, no entanto, pela primeira vez desde que abandonou a presidência do Benfica, João Vale e Azevedo foi ilibado pelo Justiça da suspeita de um crime.
De acordo com a Lusa, «o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu não levar Vale e Azevedo e o empresário Paulo Barbosa a julgamento» por não existir «fundamento para a acusação» sustentada pelo Benfica contra ambos «de desvio de um milhão de euros» referentes «à apropriação de verbas na compra de 17 jogadores».
Mas o que é que se terá passado para uma anormalidade destas acontecer?
Confiando na Justiça, como é direito e dever de qualquer cidadão de um Estado civilizado, teremos de concluir que João Vale e Azevedo não se abotoou com o maçaroca de terceiros e será, precisamente esse, o tal facto sensacional à luz do registo histórico que é do conhecimento de todos.
Ao contrário do futebol, a Justiça não é um jogo. Mas se fosse um jogo, com as componentes da sorte e do azar, quase seria caso para concluirmos que o azar de Vale e Azevedo foi ter sido acusado sozinho em todos os processos visto que, assim em que foi acusado com companhia, logo foi ilibado. Ou seja, no caso em discussão, a sorte de Vale e Azevedo foi ter a companhia de Paulo Barbosa. Isto, evidentemente, se a Justiça fosse um jogo de sorte e de azar.
Longe vão os tempos em que o ditame antes só que mal acompanhado fazia sentido. O decisivo, agora, quando se trata das justiças da bola, é a companhia: antes bem ou mal acompanhado, do que só, faz a lei. Temos, também de hoje, o exemplo magnânime da sanha punitiva da Comissão de Disciplina da Liga de Clubes: na sequência do processo Apito Dourado, lá foram relegados para as divisões abaixo, os poderosos Vizela e Gondomar. Acompanham-se um ao outro nesta baixeza e, por ironia do destino — que é o mestre da sorte e do azar —, talvez se possa ainda salvar, na secretaria, o Boavista da descida de divisão a que foi sujeito, no campo.
É verdade que estamos no defeso. Mas a bola não pára.
Quarta-feira, 10 de Junho
Na Estónia, muitas caras novas na Selecção. E ainda podiam ter sido mais (as caras novas) se Beto, guarda-redes do Leixões, não tivesse brilhado a tão grande altura contra os avançados da casa. Sobretudo na segunda parte, Beto fez tantas e tão boas defesas que impediu a estreia de Moreira na selecção principal. O que se compreende e aceita. Carlos Queiroz não quis ser acusado de fazer uma má substituição e bastava Moreira ter sofrido um golo para que isso voltasse a acontecer.
Bruno Alves, há que reconhecer, é mesmo especial. Para o pessoal do Benfica, pessoal onde me incluo, ao longo das últimas épocas, Bruno Alves foi simplesmente um jogador importante do clube rival. Aquele tipo de jogador a que chamamos de intratável, se bem me faço compreender. Mas vai uma grande distância daí até entender como admissível, melhor, verosímil, o interesse anunciado por grandes clubes da Europa, os maiores de todos, na sua contratação.
Tal como Cristiano Ronaldo — que sempre me parecia ter marketing a mais e association a menos — só me convenceu, em definitivo, com aquele golão marcado ao FC Porto nos quartos-de-final da última Liga dos Campeões, também Bruno Alves me fez esperar pela cabeçada atómica que deu no esférico nos segundos finais do jogo de hoje da Selecção Nacional na Albânia.
É preciso ser craque a sério para fazer aquilo que Bruno Alves fez em Tirana. Não é que o adversário fosse intratável — é uma das piores selecções europeias —, nem que a marcha do relógio tornasse impossível o milagre porque enquanto há jogo… há bola e tudo pode acontecer... mas é preciso conhecer os portugueses em geral e o futebol português em particular, para entender a dimensão do feito que nos permite continuar a sonhar com o Mundial de 2010.
Bruno Alves é um excelente defesa-central, como muitos outros, mas tem uma característica que evidenciou hoje e que o torna raro: é um anti-acomodado. E isto no futebol ao mais alto nível tem muito valor.
Estávamos já todos, para aí uns 9 milhões, acomodados à ideia de que o empate com a Albânia era certo, e que o adeus à África do Sul estava lavrado, e que o seleccionador era uma besta e que os jogadores eram uns mandriões, e, como portugueses que somos, estávamos adoravelmente acomodados a estas ideias tão tristes e tão fadistas, quando Bruno Alves, o anti-acomodado, foi à área contrária, esperou por uma bola centrada, trepou por um escadote imaginário, subiu mais alto que todos os adversários e companheiros, e ferrou com a tola um disparo feroz que deu em golo e deu em vitória e adiou a depressão nacional que já se antecipava em gozo sofredor.
Depois o árbitro apitou para o final do jogo e os jogadores portugueses terminaram a sua actuação em abraços e choros de felicidade como se tivessem ganho a final do Campeonato do Mundo ao Brasil perante uma audiência global de biliões de telespectadores. Esta é que foi mesmo a parte deprimente.
Domingo, 7 de Junho
Ah, um domingo sem futebol…
Segunda-feira, 8 de Junho
Os órgãos sociais do Benfica demitiram-se em bloco como era previsível a partir do momento em que Luís Filipe Vieira não escondeu que pretendia antecipar o acto eleitoral marcado, estatutariamente, para Outubro. Tivesse Vieira para as coisas do futebol, a intuição animal e o saber prático, intratável, que tem para estas coisas da política interna, e o Benfica já somaria um ror de títulos nacionais e internacionais.
Ou seja… se o presidente do Benfica fizesse gato-sapato dos adversários externos como faz dos adversários internos… imaginem, caros benfiquistas, como ia bordejado a ouro, a diamantes e a tacinhas de todos os tamanhos e feitios, o nosso palmarés desportivo dos últimos anos.
Se do Benfica para fora, Luís Filipe Vieira não tem sido um presidente auspicioso, já do Benfica para dentro Vieira é o mais feliz dos homens. E até a sorte que lhe tem faltado nas disputas nos campos desportivos, tem-lhe sobrado nos despiques internos.
Pode, por exemplo, ter tido azar a contratar treinadores e jogadores para a equipa de futebol, mas tem tido uma sorte dos diabos com o presidente da Assembleia Geral, Manuel Vilarinho que, no seu estilo muito pessoal, o tem poupado a inúmeros disparates e azedumes.
São um mimo as declarações de Manuel Vilarinho à imprensa depois de consumada a marcação do acto eleitoral para 3 de Julho. «Quem é o senhor Bruno não sei quantos?»… «Benfiquista sou eu e mais dez ou vinte. Mais ninguém…»… «Vieira dá 9-1 ao Veiga»… e por aí fora, neste estilo desabrido, semi-enlouquecido, que faz dele o actor/autor do enredo e que poupa Luís Filipe Vieira aos incómodos de ter de responder aos ofendidos.
Terça-feira, 9 de Junho
A notícia é, de facto, sensacional mas, curiosamente, não lhe foi dado grande destaque. Não passou da coluna das breves. E, no entanto, pela primeira vez desde que abandonou a presidência do Benfica, João Vale e Azevedo foi ilibado pelo Justiça da suspeita de um crime.
De acordo com a Lusa, «o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu não levar Vale e Azevedo e o empresário Paulo Barbosa a julgamento» por não existir «fundamento para a acusação» sustentada pelo Benfica contra ambos «de desvio de um milhão de euros» referentes «à apropriação de verbas na compra de 17 jogadores».
Mas o que é que se terá passado para uma anormalidade destas acontecer?
Confiando na Justiça, como é direito e dever de qualquer cidadão de um Estado civilizado, teremos de concluir que João Vale e Azevedo não se abotoou com o maçaroca de terceiros e será, precisamente esse, o tal facto sensacional à luz do registo histórico que é do conhecimento de todos.
Ao contrário do futebol, a Justiça não é um jogo. Mas se fosse um jogo, com as componentes da sorte e do azar, quase seria caso para concluirmos que o azar de Vale e Azevedo foi ter sido acusado sozinho em todos os processos visto que, assim em que foi acusado com companhia, logo foi ilibado. Ou seja, no caso em discussão, a sorte de Vale e Azevedo foi ter a companhia de Paulo Barbosa. Isto, evidentemente, se a Justiça fosse um jogo de sorte e de azar.
Longe vão os tempos em que o ditame antes só que mal acompanhado fazia sentido. O decisivo, agora, quando se trata das justiças da bola, é a companhia: antes bem ou mal acompanhado, do que só, faz a lei. Temos, também de hoje, o exemplo magnânime da sanha punitiva da Comissão de Disciplina da Liga de Clubes: na sequência do processo Apito Dourado, lá foram relegados para as divisões abaixo, os poderosos Vizela e Gondomar. Acompanham-se um ao outro nesta baixeza e, por ironia do destino — que é o mestre da sorte e do azar —, talvez se possa ainda salvar, na secretaria, o Boavista da descida de divisão a que foi sujeito, no campo.
É verdade que estamos no defeso. Mas a bola não pára.
Quarta-feira, 10 de Junho
Na Estónia, muitas caras novas na Selecção. E ainda podiam ter sido mais (as caras novas) se Beto, guarda-redes do Leixões, não tivesse brilhado a tão grande altura contra os avançados da casa. Sobretudo na segunda parte, Beto fez tantas e tão boas defesas que impediu a estreia de Moreira na selecção principal. O que se compreende e aceita. Carlos Queiroz não quis ser acusado de fazer uma má substituição e bastava Moreira ter sofrido um golo para que isso voltasse a acontecer.
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